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Acontece Procedimento diferenciado de endoscopia é realizado pela segunda vez no Hospital Moinhos de Vento

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A instituição foi a primeira do Brasil a realizar a drenagem de coleção pancreática por via endoscópica, em 2017.

Foto: Divulgação
A instituição foi a primeira do Brasil a realizar a drenagem de coleção pancreática por via endoscópica, em 2017. (Foto: Divulgação)

Quase três anos se passaram entre a primeira drenagem de coleção pancreática por via endoscópica realizada no Brasil, em setembro de 2017, e a segunda no Hospital Moinhos de Vento, feita na última semana também pelo mesmo gastroenterologista, Nelson Coelho. Pouco comum, o procedimento foi realizado cerca de 100 vezes em todo o país no período. O caso foi de um paciente de 33 anos, com desnutrição e produção de insulina e enzimas digestivas prejudicada devido à complicação de uma pancreatite grave. Depois da intervenção, em 36 horas ele já estava em casa e bem.

O procedimento é menos invasivo que as terapias convencionais. Geralmente, coleções pancreáticas precisam ser removidas com cirurgia ou drenagem percutânea, na qual drenos são inseridos no abdômen do paciente. Coelho, que é especialista em endoscopia digestiva terapêutica avançada, explica que a técnica é mais vantajosa também por ser mais rápida. “O tempo do processo foi reduzido de duas horas, em média, para apenas dez minutos. Tudo realizado no Centro de Endoscopia Digestiva, com anestesia convencional – a mesma utilizada em endoscopia e colonoscopia. A observação varia entre 24 horas e 48 horas e, em seguida, já se pode dar alta”, pontua o gastroenterologista.

O médico destaca que 20% dos pacientes com pancreatite podem evoluir para quadros graves e, em alguns casos, é necessária a drenagem de coleções pancreáticas. Quando a inflamação é classificada como grave, ela pode degenerar o órgão. A drenagem por via endoscópica foi possível depois de anos de tentativas com materiais plásticos e de metal, com as chamadas próteses retas. Até que se chegou ao modelo atual, em forma de halteres. Uma pequena prótese metálica é rapidamente fixada e liberada na parede gástrica, fazendo a comunicação do pâncreas com o interior do estômago. “Trata-se de uma alternativa com poucas complicações e cujos resultados têm sido excepcionais nos centros endoscópicos mais avançados do País e do mundo”, conclui Coelho.

Esse tipo de procedimento também pode ser utilizado em casos de coleções de vias biliares ou outros órgãos, quando houver contra indicação de cirurgia. O médico explica que uma divulgação mais ampla do recurso e sua inclusão na cobertura de planos de saúde beneficiaria um número maior de pacientes. Ainda inédito em muitos centros de saúde, a experiência da equipe de Endoscopia Digestiva Terapêutica Avançada do Hospital Moinhos de Vento foi case na última edição da Semana de Doenças Digestivas, em San Diego, na Califórnia, um dos mais importantes da área.

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