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Porto Alegre Itens do material escolar podem custar mais que o dobro conforme a loja, diz o Procon de Porto Alegre

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Lista com 33 produtos teve valores comparados entre quatro lojas do ramo

Foto: Maria Ana Krack/PMPA
Lista com 33 produtos teve valores comparados entre quatro lojas do ramo. (Foto: Maria Ana Krack/PMPA)

O Procon de Porto Alegre divulgou nesta segunda-feira (16) a sua primeira pesquisa de preços dos mais de 33 itens mais solicitados em listas de material escolar para o ano letivo de 2023. Foram percorridas quatro lojas especializadas, nos dias 10 e 11, comparando-se valores que podem custar mais que o dobro conforme o estabelecimento. A planilha está disponível para consulta em prefeitura.poa.br.

Quem estiver procurando massa de modelar, por exemplo, encontrará a caixa de seis unidades em uma faixa de R$ 3,49 a R$ 4,95, quase 42% a mais. No caso da tesoura escolar simples, o índice de variação é ainda maior: 192% (R$ 1,50 a R$ 4,39%).

No levantamento também não poderiam faltar os onipresentes lápis e canetas, geralmente os itens mais baratos da cesta: enquanto a caixa de lápis-de-cor com 12 unidades pode ser encontrada por R$ 4,49 a R$ 7,90 (diferença de 75%), a esferográfica de ponta grossa foi encontrada por R$ 0,69 a R$ 1,60 (132%).

Dicas para economizar

Além da pesquisa de preços, algumas estratégias podem contribuir diretamente para a redução de despesas na compra do material escolar. Um dica ter a lista em mãos, no momento da compra, a fim de avaliar todos os itens e ver quais são mesmo necessários.

O Instituto Brasileiro de Direitos do Consumidor (Idec) acrescenta que nem tudo pode ser pedido pela instituição de ensino. Isso vale para produtos de uso coletivo, tais como de higiene, limpeza, copos e talheres descartáveis, bem como para grandes quantidades de papel e grampos.

Também é considerada abusiva a cobrança da taxa de material escolar sem a apresentação de uma lista: a escola é obrigada informar os itens a serem comprados. Da mesma forma, a instituição não pode recomendar determinada marca se há opções no mercado.

Outra orientação é observar em casa o que pode ser reaproveitado: lapiseiras, lápis, canetas, réguas e mochilas estão entre os itens que não precisam ser substituídos anualmente. Confira o que está em boas condições e reutilize, recicle, reaproveite.

Cadernos e outros materiais estampados com personagens e desenhos costumam ser bem mais caros. Dê preferência a itens genéricos e, se possível, invista seu tempo customizando o produto (colando adesivos, por exemplo) – as crianças e adolescentes podem e devem participar do processo.

Por fim, uma sugestão valiosa: não leve o estudante para acompanhar a compra: eles podem ser bastante suscetíveis a aquisições por impulso e nem sempre os adultos conseguem resistir ao apelo emocional de ver a criança ou adolescente feliz em levar para casa algo desnecessário ou mais caro.

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