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Por Redação O Sul | 27 de dezembro de 2017
O mês de novembro registrou aumento de 5,7% no número de passageiros em voos domésticos, na comparação com o mesmo período do ano passdo. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (27) pela Anac (Agência Nascional de Aviação Civil).
De acordo com a agência, foram transportados 7,6 milhões de passageiros em voos domésticos. A oferta de vagas nos voos também registrou crescimento de 3,3%, a quinta alta consecutiva do indicador. Nos onze primeiros meses do ano, a demanda acumulou alta de 3,0% e a oferta apresentou crescimento acumulado de 1,2%.
De acordo com a Anac, em novembro de 2017, a taxa foi de ocupação dos assentos em voos domésticos foi de 82,6%, o que representou alta de 2,3% frente ao mesmo mês do ano anterior. “O aproveitamento nos onze primeiros meses do ano foi de 81,3%, com variação positiva de 1,8% em relação ao mesmo período de 2016”, diz o relatório apresentado pela Anac.
Entre as companhias que atendem o território nacional, a Gol aparece na frente, em novembro, com 36,5% de participação no mercado doméstico, contra 32,9% da Latam. Se comparado com o mesmo período do ano passado, a Gol apresentou desempenho positivo com 1,7% de crescimento, enquanto a Latam teve variação negativa de 3,6%.
A Azul alcançou participação de 17,0% no mês, enquanto a Avianca respondeu por 13,2% da demanda doméstica. “Assim, a participação das demais empresas concorrentes das duas líderes foi de 30,6% em novembro de 2017, o que representou aumento de 2,1% na comparação com o percentual apurado em igual mês do ano anterior”, disse a Anac.
Cenário internacional
A demanda internacional das empresas brasileiras também apresentou aumento em novembro, registrando um crescimento de 6,3%. Já a oferta, cresceu 9,6%. No mês, foram transportados 685 mil passageiros pagos em voos internacionais.
Céus abertos
Depois de seis anos, a Câmara dos Deputados aprovou um acordo de céus abertos entre Brasil e Estados Unidos, tema que divide as companhias aéreas brasileiras. A medida, assinada em 2011 entre os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama, retira as limitações para oferta de voos entre os dois países. Atualmente, são permitidos apenas 301 voos do Brasil para os EUA e vice-versa.
O texto ainda precisa passar pelo Senado, que já encerrou as atividades e agora só poderá votá-lo no ano que vem. A Latam é a maior defensora da abertura. Principalmente depois que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou em setembro parceria com a American Airlines de compartilhamento de despesas nas rotas comuns.
Essa operação, no entanto, precisa que acordo de céus abertos seja finalizado para ser colocada em prática. Latam e American lançaram um site para divulgar benefícios dos céus abertos. Juntas, as empresas enviaram, há cerca de um mês, seus mais altos executivos para uma audiência em Brasília em defesa do acordo.
Já a Azul é contra a medida. A empresa argumenta que a liberação geral de voos entre os países não traria uma competição justa porque as empresas brasileiras não estão em pé de igualdade com as americanas.