Quarta-feira, 23 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 1 de setembro de 2020
Dallagnol assinou diversas denúncias da Operação Lava-Jato contra empresários e políticos
Foto: Pedro de Oliveira/ALEPCoordenador da Operação Lava-Jato em Curitiba (PR), o procurador da República Deltan Dallagnol vai deixar a força-tarefa, informou o MPF (Ministério Público Federal) nesta terça-feira (1º).
“Após seis anos à frente da Lava-Jato no Paraná, o procurador da República Deltan Dallagnol está se desligando da força-tarefa para se dedicar a questões de saúde em sua família”, explicou o MPF por meio de nota.
Em um vídeo postado na internet, Dallagnol disse que a sua filha, de 1 ano e 10 meses, apresentou sinais de regressão no desenvolvimento e que, por isso, precisaria dedicar mais tempo a ela. “Depois de anos de dedicação intensa à Lava-Jato, eu acredito que agora é hora de me dedicar de modo especial para minha família”, afirmou.
Dallagnol assinou diversas denúncias da Operação Lava-Jato contra empresários e políticos. Entre elas, estão as contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A estrutura da força-tarefa da Lava-Jato no Paraná foi criada em abril de 2014, um mês após a primeira operação ter sido deflagrada. Desde então, segundo o documento enviado à PGR (Procuradoria-Geral da República), os trabalhos foram renovados sete vezes – o prazo atual termina em 10 de setembro.
Em julho, houve atrito entre a força-tarefa e o procurador-geral da República, Augusto Aras, que disse ser necessário “corrigir os rumos” para que “o lavajatismo não perdure” .
Conforme o MPF, o procurador da República no Paraná Alessandro José Fernandes de Oliveira deve assumir as funções de Dallganol.