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Procurador-geral da República chama Delcídio do Amaral de “agente criminoso” e aponta “ganância” de senador

Delcídio planejou a fuga, que não ocorreu, de Nestor Cerveró com medo da delação premiada que o ex-diretor da Petrobras estava para fechar com a Procuradoria. (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chamou o senador Delcídio Amaral (PT-MS) de “agente criminoso”. Em manifestação enviada na semana passada ao STF (Supremo Tribunal Federal), na qual pediu a permanência na prisão do ex-líder do governo no Senado, o chefe do Ministério Público Federal sustentou que Delcídio “se trata de agente que não mede as consequências de suas ações para atingir seus fins espúrios e ilícitos”. Os argumentos de Janot foram acolhidos pelo ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava-Jato no STF, que manteve a prisão preventiva do senador.
Delcídio foi preso em novembro pela Polícia Federal sob suspeita de tramar contra a Lava-Jato. O senador planejou a fuga, que não ocorreu, de Nestor Cerveró com medo da delação premiada que o ex-diretor da área Internacional da Petrobras estava para fechar com a Procuradoria. Segundo os investigadores, aliado ao banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, Delcídio pretendia financiar as despesas de Cerveró e de sua família. Ele foi preso em janeiro por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro no esquema instalado na estatal petrolífera entre 2004 e 2014.
A manifestação de Janot foi dada nos autos do requerimento da defesa de Delcídio que pedia a revogação da prisão cautelar do senador. “Há se compreender que este tipo de agente criminoso, violando de forma grave as funções relevantíssimas que lhe foram confiadas pelo voto popular, não media esforços para atingir os fins ilícitos.” (AE)

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