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Procurador-geral da República recorrerá ao Supremo contra transcrição na íntegra do vídeo ministerial

Segundo Aras (foto), a manifestação não traz fato novo e por isso ele acredita não ter utilidade a apreensão do celular do presidente neste momento do processo. (Foto: Roberto Jayme/TSE)

O procurador-geral da República, Augusto Aras, vai recorrer ao ministro Celso de Mello, relator do inquérito “Moro x Bolsonaro” no STF (Supremo Tribunal Federal), para que o vídeo ministerial da reunião do dia 22 de abril não seja transcrito na íntegra.

A referida reunião ministerial foi mencionada em depoimento pelo ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, no inquérito que investiga a suposta interferência política do presidente Jair Bolsonaro na PF (Polícia Federal). O depoimento de Moro foi colhido pela investigação dias após o ex-ministro deixar o cargo.

Para Aras, a transcrição integral é “desnecessária” e pode impor riscos à “soberania nacional”, caso sejam confirmados trechos da reunião com informações sobre países como a China. Aras quer a transcrição apenas dos diálogos entre Moro e Bolsonaro.

O ministro Celso de Mello determinou que a PF faça uma degravação (ou seja, a transcrição) do conteúdo do vídeo. Celso de Mello decidirá , só depois, se irá divulgar o conteúdo na íntegra ou parcialmente.

Aras defende que só a parte sobre Moro e Bolsonaro seja divulgada ao público. Na avaliação do PGR, só esta parte interessa para fins da investigação.

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