Quarta-feira, 02 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 1 de abril de 2025
Ele se declarou inocente das 11 acusações que enfrenta no tribunal de Manhattan, entre elas a de homicídio como ato “terrorista”.
Foto: ReproduçãoA procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, buscará a pena de morte para Luigi Mangione, o suposto autor do homicídio do CEO de uma companhia de seguros médicos em dezembro de 2024 em Nova York. A decisão, segundo ela, cumpre a promessa de campanha de Donald Trump de buscar vigorosamente a pena de morte.
Pam Bondi afirmou nesta terça-feira, 1, que após “uma cuidadosa consideração”, ordenou aos promotores federais que busquem a pena capital no caso. “O assassinato de Brian Thompson por Luigi Mangione — um homem inocente e pai de duas crianças pequenas – foi um assassinato premeditado e a sangue frio que chocou a América”, disse a procuradora em uma declaração.
Mangione, um jovem de 26 anos de uma importante família do ramo imobiliário de Maryland, enfrenta acusações federais e estaduais de assassinato depois que autoridades disseram que ele atirou em Thompson, 50, do lado de fora de um hotel em Manhattan em 4 de dezembro, quando o executivo chegava para a conferência anual de investidores da UnitedHealthcare.
O assassinato e a subsequente busca de cinco dias que levou à prisão de Mangione impactaram a comunidade empresarial, com algumas seguradoras de saúde mudando rapidamente para trabalho remoto ou reuniões de acionistas online, temendo casos similares de violência. Ele foi preso em um McDonald’s em Altoona, na Pensilvânia.
O crime comoveu uma parcela significativa dos americanos, a maioria muito crítica aos seguros privados de saúde por seus altos custos e demora ao acesso de seus serviços, entre outros.
Ele se declarou inocente das 11 acusações que enfrenta no tribunal de Manhattan, entre elas a de homicídio como ato “terrorista”.
A advogada de Mangione, Karen Friedman Agnifilo, disse nesta terça-feira que, ao buscar a pena de morte, “o Departamento de Justiça passou do disfuncional para o bárbaro”.
“Enquanto afirma proteger contra assassinatos, o governo federal está agindo para cometer o assassinato premeditado e patrocinado pelo Estado de Luigi”, disse a advogada em um comunicado.
Embora a pena de morte tenha sido abolida no Estado de Nova York, as acusações que enfrenta a nível federal podem sentenciá-lo à morte. No entanto, cabe ao júri popular determinar se ele é culpado e se deve ser condenado à pena capital.