Segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de agosto de 2023
O pedido da Procuradoria foi protocolado e enviado ao ministro do Supremo Alexandre de Moraes.
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilA Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que os oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), presos em função de suas ações nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, fiquem detidos em unidades militares diferentes. Os militares são investigados por omissão no policiamento durante os atos.
O pedido da Procuradoria foi protocolado na última sexta-feira (25) e enviado ao ministro do Supremo Alexandre de Moraes após a Secretaria de Segurança do Distrito Federal informar que três dos cinco coronéis que tiveram a prisão preventiva decretada pelo ministro estão sendo supervisionados por um major, militar de patente inferior, nas instalações do 19º Batalhão de Polícia Militar. Conforme a legislação, policiais não ficam presos em presídios.
Na unidade, estão presos os coronéis Jorge Eduardo Naime Barreto, Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues e Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra.
A PGR investiga irregularidades nos locais onde os oficiais estão presos, como por exemplo o caso de visitas não autorizadas. De acordo com o subprocurador Carlos Frederico Santos, responsável pela investigação, há indícios de que a unidade militar não tem condições de garantir “a disciplina mínima”.
Com base na acusação de omissão contra os militares, o ministro Alexandre de Moraes autorizou, no dia 18 de agosto, a PF a cumprir mandados judiciais de prisão preventiva e buscas e apreensões em endereços residenciais dos oficiais da PM.