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Política Procuradoria-Geral da República vai investigar troca no comando da Polícia Federal no Rio de Janeiro

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A suposta tentativa de Bolsonaro de interferir na PF foi denunciada por Sérgio Moro

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
As ordens judiciais foram cumpridas em São Paulo, Teresópolis (RJ) e na capital fluminense. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A PGR (Procuradoria-Geral da República) vai investigar as razões para a troca no comando da PF (Polícia Federal) no Rio de Janeiro, confirmada nesta terça-feira (05) pelo presidente Jair Bolsonaro.

Essa análise será um desdobramento dentro do inquérito aberto pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para investigar a suposta interferência política do presidente na autonomia da PF.

A tentativa de Bolsonaro de interferir na corporação foi denunciada pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, que atribuiu a essa suposta ação do presidente a sua decisão de deixar o governo.

Ao anunciar a sua demissão e em depoimento, Moro afirmou que Bolsonaro tinha interesse em mudar o comando da PF no Rio para ter uma pessoa de sua confiança no posto.

Nesta terça, em declarações a jornalistas em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro voltou a negar que tenta interferir na PF. Ele informou que o delegado Carlos Henrique Oliveira está deixando a superintendência no Rio para assumir a diretoria-executiva da PF, segundo cargo mais importante na corporação. Com isso, passará a atuar em Brasília.

Bolsonaro afirmou ainda que Oliveira está deixando o Rio porque aceitou convite do novo diretor-geral da corporação, o delegado gaúcho Rolando de Souza, que tomou posse na segunda-feira (04).

“Para onde é que está indo o superintendente do Rio de Janeiro? Para ser o diretor-executivo da PF. Ele vai sair da superintendência, são 27 superintendentes no Brasil, para ser diretor-executivo. Eu estou trocando ele? Eu estou tendo influência sobre a Polícia Federal? Isso é uma patifaria, é uma patifaria”, disse o presidente.

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