Terça-feira, 31 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 5 de maio de 2020
A suposta tentativa de Bolsonaro de interferir na PF foi denunciada por Sérgio Moro
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilA PGR (Procuradoria-Geral da República) vai investigar as razões para a troca no comando da PF (Polícia Federal) no Rio de Janeiro, confirmada nesta terça-feira (05) pelo presidente Jair Bolsonaro.
Essa análise será um desdobramento dentro do inquérito aberto pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para investigar a suposta interferência política do presidente na autonomia da PF.
A tentativa de Bolsonaro de interferir na corporação foi denunciada pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, que atribuiu a essa suposta ação do presidente a sua decisão de deixar o governo.
Ao anunciar a sua demissão e em depoimento, Moro afirmou que Bolsonaro tinha interesse em mudar o comando da PF no Rio para ter uma pessoa de sua confiança no posto.
Nesta terça, em declarações a jornalistas em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro voltou a negar que tenta interferir na PF. Ele informou que o delegado Carlos Henrique Oliveira está deixando a superintendência no Rio para assumir a diretoria-executiva da PF, segundo cargo mais importante na corporação. Com isso, passará a atuar em Brasília.
Bolsonaro afirmou ainda que Oliveira está deixando o Rio porque aceitou convite do novo diretor-geral da corporação, o delegado gaúcho Rolando de Souza, que tomou posse na segunda-feira (04).
“Para onde é que está indo o superintendente do Rio de Janeiro? Para ser o diretor-executivo da PF. Ele vai sair da superintendência, são 27 superintendentes no Brasil, para ser diretor-executivo. Eu estou trocando ele? Eu estou tendo influência sobre a Polícia Federal? Isso é uma patifaria, é uma patifaria”, disse o presidente.