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Por Redação O Sul | 1 de abril de 2021
Em 12 meses, setor acumular queda de 4,2%, segundo o IBGE
Foto: Miguel Ângelo/CNI/Agência BrasilA produção industrial brasileira caiu 0,9% em fevereiro, na comparação com janeiro, interrompendo uma sequência de nove altas consecutivas, segundo divulgou nesta quinta-feira (01) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na comparação com fevereiro de 2020, porém, houve avanço de 0,4% – sexta taxa positiva consecutiva nessa base de análise. Em 12 meses, o setor acumula uma queda de 4,2%. No ano, ainda tem alta de 1,3%. O resultado veio pior que o esperado. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de alta de 0,4% na variação mensal e de 1,5% na base anual.
“Nos últimos meses nós já vínhamos observando uma mudança de comportamento nos índices da indústria, que, embora ainda estivessem positivos, já apresentavam uma curva decrescente, demonstrando um arrefecimento”, afirmou o gerente da pesquisa, André Macedo.
Segundo o IBGE, com a interrupção da sequência de altas, o setor se encontra agora 13,6% abaixo do patamar recorde alcançado em maio de 2011 e 2,8% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020).
A média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação positiva de 0,2% no trimestre encerrado em fevereiro, depois de registrar alta de 0,7% em janeiro e de 0,9% em dezembro (0,9%).
O que puxou a queda
Em fevereiro, três das quatro das grandes categorias econômicas da indústria tiveram queda, com recuo em 14 dos 26 ramos pesquisados. Entre as atividades, as quedas que mais pressionaram o resultado geral da indústria em fevereiro vieram de veículos (-7,2%) e indústrias extrativas (-4,7%).
“O ramo de veículos vem sendo muito afetado pelo desabastecimento de insumos e matérias primas. Mesmo assim, a produção de caminhões vem tendo resultados positivos. Porém, a de automóveis e autopeças vem puxando o índice geral para o campo negativo”, avaliou Macedo.