A produção industrial brasileira recuou 0,2% em fevereiro na comparação com janeiro, na série com ajuste sazonal. Esse foi o terceiro resultado negativo consecutivo, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (19) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em relação a fevereiro de 2022, na série sem ajuste sazonal, houve recuo de 2,4%. No acumulado no ano, a queda chegou a -1,1% e, nos últimos 12 meses, a -0,2%.
Duas das quatro grandes categorias econômicas e nove dos 25 ramos pesquisados registraram recuo na produção em fevereiro ante janeiro. Entre as atividades, as influências negativas mais importantes vieram de produtos alimentícios (-1,1%), produtos químicos (-1,8%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,5%), com a primeira marcando o segundo mês seguido de recuo na produção, período em que acumulou redução de 3,8%; a segunda intensificando as quedas verificadas em dezembro de 2022 (-0,7%) e em janeiro de 2023 (-1,5%); e a última acumulando perda de 16,9% em 2023.
Outras contribuições negativas relevantes vieram de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,5%) e de produtos de metal (-1,4%).
Por outro lado, entre as 16 atividades com alta na produção, indústrias extrativas (4,6%) exerceu o principal impacto em fevereiro de 2023 e intensificou a expansão de 3,4% assinalada em janeiro, quando interrompeu dois meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou redução de 8%.
Vale destacar também os avanços de bebidas (3,6%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,5%), de impressão e reprodução de gravações (11,2%), de produtos diversos (4,0%), de metalurgia (0,8%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (2%).