A produção industrial brasileira teve queda de 0,6% em julho na comparação com o mês anterior, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira (05).
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção contraiu 1,1%, o que interrompe dois meses consecutivos de taxas positivas: 0,2% em junho e 1,9% em maio de 2023.
As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de quedas de 0,3% na variação mensal e de 0,5% na base anual. No ano, a indústria acumula produção de -0,4% frente a igual período de 2022, e variação nula (0,0%) no acumulado dos últimos 12 meses.
A produção industrial registra resultados negativos em três das quatro grandes categorias econômicas, 17 dos 25 ramos, 52 dos 80 grupos e 57,0% dos 789 produtos pesquisados. “Vale citar que julho de 2023 (21 dias) teve o mesmo número de dias úteis do que igual mês do ano anterior (21)”, destaca o IBGE.
De acordo com o Instituto, três das quatro grandes categorias econômicas e 15 dos 25 ramos pesquisados mostraram recuo na produção. Em relação ao mês anterior, bens de capital (-7,4%) e bens de consumo duráveis (-4,1%) respondem pela taxas negativas mais acentuadas em julho deste ano, com ambas acumulando perda de 9,5% em dois meses consecutivos de queda na produção.
O setor de bens intermediários (-0,6%) também retraiu em julho e marcou o segundo mês seguido de queda na produção, período em que acumulou redução de 0,8%. Por outro lado, o único avanço no mês veio de bens de consumo semi e não duráveis (1,5%), que intensificou a expansão de 0,7% verificada em junho último.
Os segmentos de veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,5%), indústrias extrativas (-1,4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,1%) e máquinas e equipamentos (-5,0%) puxaram a retração da indústria.
Outras contribuições negativas relevantes vieram de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-8,0%), de produtos de metal (-4,8%) e de produtos de borracha e de material plástico (-3,8%), diz o IBGE.
Por outro lado, entre as nove atividades com alta na produção, produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,2%), produtos alimentícios (0,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,7%) registram as principais altas em julho de 2023.