A produção industrial cresceu, na passagem de junho para julho, em 12 das 15 regiões pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), conforme dados divulgados nesta quarta-feira (09). De acordo com o IBGE, “o resultado reflete a ampliação do movimento de retorno à produção de unidades produtivas, após paralisações por conta dos efeitos causados pela pandemia de Covid-19”.
O desempenho regional permitiu que a indústria brasileira, no geral, registrasse alta de 8% no mês. Foi o terceiro resultado positivo seguido, mas ainda insuficiente para eliminar a perda de 27% acumulada em março e abril, que levou o patamar de produção ao seu ponto mais baixo da série.
Dentre as regiões que registraram alta na produção em julho, destacam-se Ceará (34,5%) e no Espírito Santo (28,3%), mas São Paulo (8,6%), com os crescimentos mais expressivos. O IBGE destacou que São Paulo, maior parque industrial do País, seguiu como a principal influência para o desempenho produtivo da indústria nacional. O desempenho da indústria paulista foi puxado pelos setores de alimentos e de veículos automotores.
“São setores influentes na indústria paulista. Também o de máquinas e equipamentos apresentou crescimento importante”, apontou o gerente da pesquisa, Bernardo Almeida. Também tiveram resultado acima da média da indústria nacional, que teve alta de 8% em julho, o Nordeste (17,5%), o Amazonas (14,6%), a Bahia (11,1%), Santa Catarina (10,1%), Pernambuco (9,5%) e Minas Gerais (9,2%). Completam os 12 locais com alta na produção, mas abaixo da média nacional, o Rio de Janeiro (7,6%), o Rio Grande do Sul (7,0%) e o Pará (2,1%).
As três regiões que registraram queda na produção na passagem de junho para julho foram o Paraná (-0,3%), Goiás (-0,3%) e Mato Grosso (-4,2%), que teve recuo mais intenso em julho. O resultado negativo da indústria matogrossense, no entanto, não foi capaz de eliminar a alta acumulada nos dois meses anteriores, que somaram 8,2%.