A estranhíssima medida provisória do presidente Lula autorizando a milionária importação de arroz surpreendeu a Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul), que representa 6 mil produtores. A compra está a cargo da Conab, empresa pública de abastecimento dirigida por Edegar Pretto, radical petista ligado ao MST. “Inexiste risco de desabastecimento”, garante a entidade, citando a projeção da safra 2023/2024 estimada em suficientes 7.150 toneladas.
Sem justificativa
Mesmo dificuldades com escoamento da produção, em razão das estradas interditadas, “serão brevemente superadas”, diz a Federarroz.
Dinheiro a rodo
A MP de Lula autoriza comprar 1 milhão de toneladas, para alegria dos importadores. Já reservou R$416 milhões a para 104 mil toneladas.
Desnecessária
Para o vice-presidente da Comissão de Agricultura, deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), a MP do Arroz é “intempestiva e desnecessária”.
O problema
“O governo precisa resolver o problema do escoamento do produto e da emissão da nota fiscal para o transporte”, cobra o parlamentar.
Caça aos críticos piora imagem negativa de Lula
A caçada aos críticos, utilizando-se inclusive da Polícia Federal e de aliados no Judiciário, acirrando ainda mais a política de ódio em curso no País, está na origem da imagem cada vez pior do governo Lula (PT). Pesquisas indicam essa crescente preocupação dos brasileiros, e o levantamento da Quaest, divulgado nesta segunda (13), mostra que 55% acham que Lula não merece ser reeleito. No Sudeste, maior colégio do País, com 42% dos votantes, a repulsa à reeleição de Lula é de 63%.
Ora, a Constituição
O Paraná Pesquisas havia apontado que 61% dos brasileiros temem punição por falar o que pensam, apesar das “garantias” constitucionais.
Lula nunca mais?
A pesquisa Quaest mostra que, à exceção de sempre do Nordeste, as demais regiões, de Norte a Sul, acham que Lula não merece reeleição.
Frase inesquecível
A ministra Cármen Lúcia, que em 2016 anunciou que “o cala-boca já morreu”, será relatora do inquérito no STF contra críticos do governo.
É caso de polícia
A Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de São Paulo desconfia de “desabastecimento artificial” de arroz e outros produtos para especulação de preços. Acionou o Procon e pediu apuração.
Michelle, a favorita
Michelle Bolsonaro (28%) é favorita do eleitorado para enfrentar Lula em 2026, caso seu marido não possa concorrer. É seguida por Tarcísio de Freitas (24%) e Ratinho Júnior (10%), segundo a pesquisa Quaest.
Haddad lidera rejeição
Impressiona a rejeição de Fernando Haddad apurada em pesquisa Quaest de ontem (13). É o petista com maior rejeição (51%) nos cenários para presidência em 2026. Supera Lula (49%) e Gleisi Hoffmann (34%).
Morreu mesmo?
Frase de 2016 de Cármen Lúcia (STF) tem sido muito lembrada desde que a ministra assumiu a relatoria do inquérito contra os críticos do governo: “o cala a boca já morreu, quem manda em mim sou eu”.
Dano moral
Já tem valor a indenização exigida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, do youtuber Felipe Neto que o ofendeu na própria Casa. O deputado quer reparação mínima de R$200 mil por dano moral.
Dinheiro com escala
O crédito extraordinário de R$12,2 bilhões aberto pela medida provisória de Lula (PT) “para o Rio Grande do Sul” prevê distribuir todo o bolo de dinheiro público entre doze ministérios do governo… para ajudar o Sul.
Totalitarismo
“O Ministério da Comunicação recorre a medidas totalitárias e o Ministério da Justiça aceita”, critica o deputado Delegado Ramagem (PL-RJ) ao cobrar a convocação do ministro Ricardo Lewandowski (Justiça).
Esperteza mesquinha
A tecnologia permite reduzir custos, mas a empresa B3, que tem o monopólio da bolsa de valores, abusa das respostas automáticas no whatsapp para não contratar pessoas que atendem clientes.
Pensando bem…
…o “cala a boca” virou zumbi.
PODER SEM PUDOR
O pulo do gato
Inimigos, Carlos Lacerda e Juscelino Kubitschek se encontram para articular a Frente Ampla, em oposição ao regime militar. Levaram horas conversando. A certa altura, Lacerda quis saber um velho segredo: “Como o sr. lembra o nome de todo mundo? Já tentei vários sistemas e nenhum funcionou.” JK revelou: “Eu não lembro, mas o sujeito não quer que você se lembre, quer pensar que você lembrou. Então, eu abraço a pessoa e pergunto baixinho: “Como é mesmo seu nome inteiro?” Aí, termino o abraço e digo bem alto: ‘Como vai, fulano?’ E todos ficam satisfeitos.”
(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)