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Curiosidades Professor de Harvard afirma que a sorte é tão importante quanto o talento para ganhar notoriedade

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Capa do disco “Abbey Road” dos Beatles e o quadro “Mona Lisa”, de Leonardo DaVinci. Segundo professor, a fama não vem apenas por meios meritocráticos. (Foto: Reprodução)

O que os Beatles, William Shakespeare, Taylor Swift, Jane Austen, Leonardo da Vinci, Muhammad Ali e George Lucas têm em comum? Talvez você pense que todos têm talento e, portanto, tornaram-se bem-sucedidos em seus ofícios. Contudo, todas essas personalidades também tiveram um fator importante que as ajudou a chegar onde chegaram: sorte.

Este é o argumento traçado por Cass R. Sunstein, escritor e professor da Escola de Direito da Universidade de Harvard, no livro “How to Become Famous” (“Como ficar famoso”, em tradução livre), recém-lançado nos Estados Unidos. O estudioso afirma que, embora talento e habilidade sejam importantes para o sucesso, a fama não vem apenas por meios meritocráticos.

“Muitos de nós acreditamos que as pessoas se tornam famosas porque são incríveis em termos de qualidade. É tentador pensar que, se alguém se torna famoso, é porque é um músico extraordinário, ou tem um senso de negócios fantástico, ou é um político talentoso, ou ‘Nossa, ele sabe escrever um romance!’. E apesar de essas coisas serem muito úteis, é um equívoco pensar que elas permitirão que você chegue ao topo da montanha”, explicou Sunstein em uma entrevista ao Harvard Gazette, site de notícias da instituição.

Para o professor, não existe um conjunto de características compartilhadas por todas as pessoas famosas. Ele afirma que apontar qualidades específicas a determinado grupo de personalidades é uma tarefa frívola, pois podem existir milhares (quem sabe, milhões) de pessoas com esses mesmos atributos que nunca chegaram perto de ficarem famosas.

Ter êxito em algum campo depende de muitos fatores – ele cita, por exemplo, timing (o famoso “lugar certo na hora certa”) e ter apoiadores fervorosos. “Se você observar o sucesso de Jane Austen, dos Beatles ou da lenda do blues Robert Johnson, eles tinham uma rede de apoiadores que eram bastante incansáveis. Essa rede de apoiadores também poderia ter se saído muito bem se tivessem se entusiasmado com outra pessoa”, disse Sunstein.

Exemplos famosos

Em How to Become Famous, Sunstein analisa a trajetória de algumas das personalidades mais famosas da história. “Para os Beatles, o ponto mais dramático é que eles não conseguiram um contrato de gravação na Inglaterra. Eles foram recusados várias vezes. A EMI, uma grande gravadora, disse não; a Decca disse não. Os Beatles acharam que era o fim. Seu empresário, Brian Epstein, foi a todas as gravadoras e todas disseram não aos Beatles”, lembrou ele ao Harvard Gazette.

E como, então, a banda de Liverpool conseguiu virar o que virou? “O que aconteceu com eles foi que duas pessoas da EMI se ofereceram para pagar o custo da gravação de um disco dos Beatles – duas pessoas que não eram os chefes, mas que trabalhavam para a empresa. Sem isso, quem sabe o que teria acontecido? Não está claro se os Beatles teriam conseguido um contrato de gravação”, disse. Essas duas pessoas poderiam ter oferecido ajuda a outra banda talentosa que surgia naquele período, mas a sorte estava a favor de John, Paul, George, e Ringo.

Até para Leonardo DaVinci e a famosa Mona Lisa era necessário um fator extra. “Um momento crucial foi o fato de ela ter sido roubada em 1911, muito depois de DaVinci tê-la produzido. O roubo foi fundamental para o surgimento da Mona Lisa como a pintura mais famosa do mundo. Sem esse roubo, ela provavelmente seria agora uma de um conjunto de pinturas que as pessoas consideram muito boas”, explicou Sunstein.

O roubo, aponta ele, fez com que as pessoas pensassem “por que alguém roubaria esse quadro? Deve ter algo de especial nele”. Isso fez com que a obra se tornasse objeto de discussão em 1911, enquanto, antes disso, nem mesmo os críticos de arte tinham muitas opiniões sobre ela. “Quando foi pintada no início do século 16, era bem-conceituada, mas não era vista como uma obra-prima.”

O escritor também lembra da famosa história da bicicleta roubada de Muhammad Ali. Ainda uma criança de 12 anos, ele foi a um policial e disse que queria “dar uma surra” no ladrão. O policial, que tinha acesso a uma academia de boxe, respondeu: “Se você quer bater em alguém, é melhor aprender a lutar boxe.” Será que ele viria a ser o maior pugilista da história se não fosse isso?

“Há pessoas assim por toda parte. E isso pode nos dar um senso de inspiração, a partir das possibilidades que estão ao nosso redor, e um senso de humildade sobre a modéstia da diferença entre pessoas como Stan Lee [o criador da Marvel], que se tornaram icônicas, e pessoas que não se tornaram icônicas. A diferença não é tão grande assim”, afirmou Sunstein. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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