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Professor investigado por diploma falso se diz vítima. Ele foi eleito “professor do ano” e denunciado por uma faculdade

Wemerson da Silva Nogueira se disse constrangido com a situação. (Foto: Reprodução)

O professor Wemerson da Silva Nogueira, investigado pela Sedu (Secretaria de Educação) do Espírito Santo por suspeita de apresentar diploma falso de licenciatura em química, disse que pretende chegar a um acordo com a Unimes (Universidade Metropolitana de Santos). “De uma coisa eu tenho certeza: isso vai ser esclarecido. Se eu tive esse problema e a Unimes também, eu acredito que ambas as partes terão que entrar em um acordo. Eu paguei, que seja para estudar em um polo clandestino. Vamos ter que entrar em acordo”, declarou.

A titular da Delegacia de Defraudações, Rhaiana Bremenkamp, falou que investiga diversos casos de falsificação de diplomas no Espírito Santo. A delegada explicou que muitos professores procuram a delegacia porque frequentaram cursos e descobriram que foram enganados. Geralmente, segundo ela, isso acontece em cursos de modalidade a distância.

“Muitos fazem cursos em polos. Em muitos casos, a faculdade fala que não tem vínculo com o polo, e o polo diz que tem vínculo e que foi enganado por um intermediário. A pessoa pode ter apresentado o documento sem saber se é falso. Isso precisa ser analisado”, explicou a delegada.

A delegada confirmou que a Unimes pediu a abertura de uma investigação sobre um polo em Pancas, no Noroeste do Espírito Santo. Ela disse que o local já está fechado, mas não passou mais detalhes sobre o caso. Wemerson, que foi eleito educador do ano em 2016 e nomeado embaixador da educação no Brasil pelo MEC em 2017, tem uma denúncia em andamento por suspeita de apresentar diploma de licenciatura falso em um processo seletivo de designação temporária da Secretaria de Educação do Espírito Santo. Ele também concorreu ao prêmio Global Teacher Prize, considerado o Nobel da educação.

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