O programa nacional do PT, exibido nesta quinta-feira (6) em cadeia nacional de televisão e rádio, foi alvo de protesto em bairros de pelos menos quatorze capitais estaduais e no Distrito Federal.
Houve “panelaços” e “buzinaços” em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Brasília, Goiânia, Palmas, Salvador, Fortaleza, Recife, Maceió e Belém.
Na capital paulista, moradores de bairros como Bela Vista, Pinheiros, Vila Mariana, Santa Cecília, Higienópolis, Saúde, Aclimação, Barra Funda, Vila Pudente, Tatuapé, Campo Limpo, Brooklin, Butantã, Morumbi, Santana, Moema e Perdizes protestaram durante a propaganda de dez minutos, que exibiu discursos da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No interior de São Paulo, nas cidades de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Santos e Campinas, as manifestações de críticas ao governo federal também se repetiram.
No Rio de Janeiro, moradores do Flamengo, Botafogo, Leblon, Copacabana, Laranjeiras e Jardim Botânico bateram panelas. Os cariocas que dirigiam durante a transmissão do programa também buzinaram.
Em Brasília, houve “panelaço”, “buzinaço” e até mesmo fogos de artifício durante a exibição da propaganda petista.
No programa partidário, o PT admite que o país vive uma crise econômica, afirma que o governo está trabalhando para contornar o problema e conclama os brasileiros a não deixar que ela se transforme em uma crise política, que “demora muito, e o sofrimento é imenso”.
Apresentado pelo ator global José de Abreu e com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da presidente Dilma Rousseff e do presidente do PT, Rui Falcão, o programa termina com uma ironia aos panelaços, dizendo que o PT foi o partido “que mais encheu a panela dos brasileiros”.
O PT defende que, no governo, evitou por seis anos que a crise internacional chegasse ao Brasil, que hoje o país vive “problemas passageiros na economia” e que há pessoas tentando se aproveitar disso para “criar uma crise política que poderia trazer efeitos bem piores do que uma crise econômica”.
E conclama o cidadão para evitar que isso ocorra: “Hoje, há uma pessoa capaz de evitar uma grave crise política no país: você”.
São mostradas imagens de políticos oposicionistas como os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e José Agripino (DEM-RN) e o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP). (Folha)