Sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 22 de agosto de 2023
Pelos cálculos do Ministério, serão oferecidas pelo menos 50 mil passagens por mês a R$ 200.
Foto: Tânia Rêgo/Agência BrasilO ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, afirmou que o governo federal mantém o prazo de início do Voa Brasil ainda para o mês de agosto.
Criado com o objetivo de facilitar o acesso a passagens de avião, o programa apresenta custo estimado em R$ 200 por trecho voado. França destacou ainda que o programa deve inicialmente beneficiar aposentados e pensionistas.
Pelo programa, o governo ajudaria a gerenciar as passagens ociosas das companhias aéreas sobretudo dos voos fora da alta temporada. Os beneficiários do Voa Brasil terão acesso a um aplicativo e poderão comprar até duas passagens por ano, com direito a um acompanhante em cada trecho.
“Se [a pessoa] não voou nos últimos 12 meses, ela vai ter direito àquelas quatro passagens. Como é muita gente, vamos começar gradualmente. O primeiro corte seria os aposentados e pensionistas, que já daria um bom número de pessoas. Vamos testar como vai acontecer isso”, afirmou França.
O ministro salientou que o programa deverá operar em conjunto com o Ministério do Turismo, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A ideia é que hotéis também ofereçam descontos nos períodos de baixa temporada, para receber os turistas beneficiados pelo programa. Pelos cálculos do Ministério, serão oferecidas pelo menos 50 mil passagens por mês a R$ 200.
123Milhas
França comentou também os cancelamentos de passagens anunciados pela empresa 123Milhas.
“Estamos conversando com Flávio Dino [Ministro da Justiça e Segurança Pública] e com o Ministério do Turismo para pensar em uma solução”.
Em comunicado divulgado na última sexta-feira (18), a empresa informou que suspendeu a emissão de passagens para embarque previsto entre setembro e dezembro deste ano.
“Acho que proibir não é o caso, mas é o caso de ter alguma regulamentação. Essa é uma atividade de muita responsabilidade. As pessoas mexem o sonho dos outros.”
De acordo com a empresa, os valores já pagos pelos clientes serão devolvidos em vouchers para compra na plataforma.
A Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor notificou a 123Milhas para que ela preste esclarecimentos. Segundo a secretaria, a empresa deve garantir reembolso que não cause prejuízo aos consumidores e a opção por voucher não deve ser impositiva.