Sábado, 21 de dezembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 11 de setembro de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O Planalto mal embarcou no apoio velado a Hugo Motta (Rep-PB) e já impõe condições para manter sua turma ao lado do paraibano. O governo fez chegar ao deputado que é contra o movimento para aprovar anistia dos presos políticos do 8 de Janeiro e não apoiará proposta que azeda o “bom momento” que vive com ministros do Supremo Tribunal Federal. A anistia é agora o maior anseio do centrão e da oposição. A hesitação de Motta abriu a porta a Elmar Nascimento (União-BA).
PL quer
Anistia é cara ao PL, que soma os cobiçados votos de 92 deputados, na Câmara. A tendência era apoiar Motta. Elmar costura aliança com o PSD.
O que trava
Jair Bolsonaro não engole Gilberto Kassab, dono do PSD. O que afasta o PL de Antônio Brito (PSD-BA), tido ainda como “muito governista”.
Elmar banca
Na Câmara, a aposta era que o presidente da Casa Arthur Lira iria pautar a proposta de anistia, o que não deve ocorrer. Elmar comprou a briga.
O negócio é dissuadir
Nessa terça (10), Lula mandou o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) sondar Elmar Nascimento e ver o clima para um encontro.
Ingleses tentam brecar acordo para indenizar Mariana
Emissários do escritório de advocacia inglês Pogust Goodhead estão empenhados em espalhar a lorota de que o acordo de indenização prestes a ser celebrado no Brasil entre o governo e as empresas Vale e BHP, pelo desastre ambiental de Mariana, seria “falho” e “não beneficia as vítimas”. A motivação dos estrangeiros é simples: acordo fechado no Brasil enfraquece a ação em Londres, e cujo primeiro julgamento será em outubro. Se a indenização for cobrada lá, a PG leva uma beirada.
Acordo próximo
Tudo caminha para que no Brasil o acordo seja fechado até início de outubro, cercado de cuidados para evitar futuras contestações.
Milhões na berlinda
Para evitar o desfecho no Brasil, o Gramercy, fundo abutre que banca a ação do PG, pressiona as autoridades a tentar interferir nas negociações.
Lobby e vinho
Há dias, Scott Seaman, do Gramercy, almoçou com o ministro Alexandre Padilha e o deputado Rogério Correia (PT-MG), em Brasília. Humm…
Quem paga a conta?
Ex-presidente do IBGE e BNDES, Paulo Rabello de Castro disse à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado ontem (10) que o Brasil deve perder R$17,9 bilhões em 5 anos, com o bloqueio do X/Twitter.
Bombeiros federais?
O ministro Flávio Dino mandou o governo Lula “aumentar o efetivo de bombeiros” no combate a incêndios na Amazônia e Pantanal. Ele foi governador, mas parece não saber que não existem bombeiros federais.
Mala e cuia
O senador Marcos do Val (Pode-ES) levou colchonete e mala para dormir no próprio gabinete, em Brasília. Com as contas bancárias bloqueadas, não tem como bancar despesas do apartamento funcional.
Apoio de 1,5 milhão
A petição pública pelo impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes na plataforma Change.org supera nesta terça-feira (10) a marca das 1,5 milhão de assinaturas
Eles mentem, a gente paga
Vai ser por nossa conta a indenização que o casal Bolsonaro irá receber após Lula e Janja mentirem sobre sumiço de móveis do palácio. A multa, de R$c15 mil, será paga pela “União”, ou seja, o pagador de impostos.
Chefe milionário
Jorge Solla (PT-BA) saiu cabisbaixo da Câmara após discurso criticando quem tem dinheiro. Tomou uma invertida de Nikolas Ferreira (PL-MG), que citou patrimônio de R$ 900 mil do petista e os R$ 7,4 milhões de Lula.
Chumbo grosso
Presidente da CCJ da Câmara, Caroline de Toni (PL-SC) vai pautar nesta semana projetos sobre decisões monocráticas, que sustam decisões do STF e atualização da lei do impeachment.
Prevaricação
A oposição acusa Lula (PT) de prevaricação por ignorar a lei 14.450, do ano passado, que obriga o servidor público a denunciar assédio sexual. Lula foi informado do assedio de Silvio Almeida. E nada fez por 8 meses.
Pensando bem…
…em breve vai ter decisão para o fogo se apagar.
PODER SEM PUDOR
Bombinha de nada
Corria o sombrio 1º de abril de 1964 quando um homem simples, carregando uma caixa, dirigia-se à rua do Príncipe, onde ficava o então IV Exército, no Recife. Um soldado armado de fuzil gritou “alto!”. Assustado, o homem passou a gritar, enquanto era preso: “É uma d’água! É uma d’água!” O engano seria desfeito horas depois, quando um capitão o interrogou: “Afinal, o que é ‘uma d’água’?” O homem esclareceu: “Meu capitão, eu sou encanador e estou levando uma bomba d’água na caixa. Se eu dissesse que era uma bomba d’água, os seus soldados iam me trazer aqui vivo para conversar com o senhor?”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
*redacao@diariodopoder.com
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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