Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Flavio Pereira | 14 de novembro de 2022
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O ex-deputado, ex-guerrilheiro, politico condenado e preso no escândalo do Mensalão, hoje uma das vozes mais importantes na equipe de transição do governo eleito, defende um ‘discurso forte’ para intimidar as Forças Armadas, e readequar seu papel na estrutura da sociedade.
Genoino sugere a eliminação do artigo 142 da Constituição, que trata do papel das Forças Armadas na ordem constitucional dando-lhe papel de Poder Moderador; a reforma dos currículos militares; a reorganização do Exército e das promoções ao generalato na Marinha, Exército e Aeronáutica, que ficaria sob comando político; e a integração militar dos países latino-americanos com um comando conjunto, de um único exército da América do Sul, reunindo Venezuela, Bolivia, Equador, Argentina, Nicarágua e outros aliados, “para fazer frente aos Estados Unidos”.
Eliminação do MP, controle do congresso e fragmentação do poder do Banco Central
Outra proposta do novo governo revelada por Genoino em entrevista ao Canal Opera Mundi, será dar sequência à tarefa já iniciada por ministros alinhados no STF, de fragilizar o Ministério Publico Federal, tirando-lhe o papel constitucional de propor ações penais e dando-lhe mero papel decorativo, e acabar com a independência do Banco Central e o teto de gastos, para impor a politica do estado “como indutor do desenvolvimento”, bancando investimentos dentro do país, e junto a países amigos. Para isso será necessário um enfrentamento ao Congresso, com “política de dissuasão” dos mais resistentes na Câmara e no Senado,o que não será difícil, dado o comportamento passivo da Câmara e do Senado, que não têm cumprido com suas obrigações constitucionais, em especial o Senado Federal. A conclusão do colunista, diante deste cenário: a esquerda tem à frente um projeto socialista para governar o país pelos próximos 30 anos.
Como foi a mudança nas Forças Armadas na Venezuela
A Venezuela já implantou a mudança estrutural nas suas Forças Armadas, e hoje tem cerca de 2.000 generais, estratégia politica usada para cooptar aliados dentro da caserna. O Brasil fica bem atrás, com 300 oficiais generais. Segundo dados do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, o Exército venezuelano tem 123.000 membros, aproximadamente o mesmo contingente que a Espanha, quase um terço que o Brasil — o maior da região com 334.500 soldados — e menos de uma décima parte que dos EUA (1.359.450). Cerca de 100.000 militares venezuelanos estão incorporados ao Exército, à Marinha e à Aeronáutica. Os 23.000 restantes formam a Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar).
Novo pede veto a nomeação de Guido Mantega para cargo público
O partido NOVO anuncia que pedirá ao STF para barrar a nomeação de Guido Mantega para qualquer cargo público. O partido cita decisão do Tribunal de Contas da União que inabilitou o ex-ministro de ocupar cargos públicos devido à sua condenação pelas pedaladas fiscais.
Equipe de transição de Lula tem 18 nomes condenados ou suspeitos de crimes de corrupção
O consórcio da imprensa nacional perde ainda mais credibilidade ao esconder da sociedade fatos óbvios. Tão cuidadosa na investigação dos movimentos do presidente Jair Bolsonaro, agora essa imprensa vê adormecer seu poder investigativo para verificar que a equipe de transição de Lula tem 18 nomes condenados ou suspeitos de crimes de corrupção. Além do próprio vice-presidente, Geraldo Alckmin, a lista também inclui antigos aliados de Lula implicados na Lava Jato como Renan Calheiros, Gleisi Hoffmann, Guido Mantega, Paulo Bernardo, Aloizio Mercadante, Paulo Okamoto, Humberto Costa e outros.
No GP de Interlagos, ao vivo para o mundo inteiro: “Lula, Ladrão: teu lugar é na prisão”.
O leitor não verá essa notícia hoje na velha imprensa. Aconteceu ontem: durante transmissão ao vivo para o mundo inteiro: aos gritos de “Lula ladrão, seu lugar é na prisão!”, o público se manifestou na tarde deste domingo (13), no circuito de Interlagos, em São Paulo, antes do início do GP do Brasil de Fórmula 1. A manifestação da torcida contra o presidente eleito aconteceu logo após a execução do Hino Nacional Brasileiro, interpretado pela cantora Iza.
Ministros do STF aplicam censura no Brasil e vão a Nova York debater “Respeito à democracia e à Liberdade”
Seis ministros do STF – Alexandre de Moraes, Luis Roberto Barroso, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Carmen Lucia e Dias Toffoli – são esperados às 8h30 hoje e amanhã, dia 15, para debater em Nova York o tema: “O Brasil e o Respeito à Democracia e à Liberdade”. Ironicamente, aqui no Brasil, eles são acusados de censurar e até prender deputados e cidadãos por crime de opinião, e suprimir a liberdade de expressão e o direito de manifestação previstos na Constituição.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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