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Projeto maroto de Pacheco esvazia Lira e blinda STF

(Foto: Divulgação)

O projeto maroto do presidente do Senado, desfigurando a Lei do Impeachment, objetiva anular a prerrogativa constitucional do presidente da Câmara de decidir sobre abertura do processo. O protagonismo de Arthur Lira consome Rodrigo Pacheco de inveja. Para fazer o serviço, o senador acionou o ministro Ricardo Lewandowski, de alegadas ligações ao PT. Não deu outra: o projeto facilita o afastamento de presidentes e torna mais difícil impichar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Golpe de mão
O projeto Pacheco/Lewandowski prevê “recurso” ao plenário de decisão do presidente da Câmara, que poderia ser revertida por maioria simples.

Ativismo autorizado
Dependendo da plateia, o ativismo de ministros do STF, manifestando-se politicamente sobre temas a serem julgados, passaria e ser permitido.

Ops, atrasou
Outro objetivo do projeto era viabilizar o impeachment do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas a turma era lenta e foi concluído com atraso.

Intenção fake
Para pegar Bolsonaro, o projeto inclui “fake news”, que não é crime, entre crimes de responsabilidade que podem resultar em impeachment.

Ratinho e Tarcísio são apostas de Kassab para 2026
Os governadores do Paraná, Ratinho Júnior, e de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, são as principais apostas do ex-ministro Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, para as eleições presidenciais de 2026. Ao contrário de Tarcísio, que até se recusa a tratar do assunto, Ratinho sonha claramente com o projeto presidencial. Aliados de primeira hora acham que a candidatura à sucessão de Lula é o “caminho natural”.

Cada um com sua dor
Além de governar o maior Estado, Tarcísio tem a chance de representar o bolsonarismo, mas, ao contrário de Ratinho, pode disputar a reeleição.

Pole position
Ao contrário de Lula, decepcionante nos seus cem primeiros dias, os governadores do PR e SP têm desempenho elogiado pelos eleitores.

Mantendo a média
O desafio de Ratinho e Tarcísio é manter a avaliação positiva dos seus governos, a fim de serem credenciados à disputa presidencial.

Senado garante impunidade
O assassinato da professora a facadas, em São Paulo, fez lembrar que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, engaveta propostas de redução da maioridade penal. O Senado cozinha o tema desde 1993, há 30 anos.

Mentira oficial
O governo se manteve calado diante o desafio de Rosângela Moro, deputada, mulher e mãe, que cobrou do novo “Ministério da Verdade”, criado para “lutar contra fake news”, que reconheça a mentira de Lula sobre “armação” das vítimas, na trama para assassinar autoridades.

Soco no presidente
Ao ser indagado sobre a briga entre os presidentes do Senado e da Câmara sobre medidas provisórias, o senador Eduardo Gomes (PL-TO) observou: “quem primeiro desferir um soco, vai acertar no Lula”.

Mãos no cofre
Viraliza nas redes sociais meme mostrando fotos de Dilma quando era julgada, nos tempos de chumbo, e hoje. Com a legenda: “De assaltante de banco a presidente de banco. Nunca desista dos seus sonhos”.

Irresponsabilidade
Virou briga no PT do Ceará a disputa pelo controle do Incra. Irresponsavelmente, o comando do órgão federal de “reforma agrária” foi entregue aos radicais do MST, desagradando a bancada federal.

Aberto brazuca
O banco Itaú é o principal patrocinador do Aberto de Tênis de Miami, nos Estados Unidos. Até em razão da presença expressiva de brasileiros na entre os moradores da cidade e, também, na plateia.

São uns artistas
Agentes do Detran do DF, que recebem acima dos R$ 20 mil mensais e mal são vistos durante o dia, ganham folga de 60 horas após plantão noturno. Ganhavam: o Tribunal de Contas mandou acabar a brincadeira.

Tamanho do problema
O banco First Citizens, da Carolina do Norte, fechou a compra do Silicon Valley Bank, que faliu no mês passado. Herdará US$ 119 bilhões em depósitos, equivalente ao triplo do valor de mercado do Itaú.

Pensando bem…
…o “combate a fake news” do governo só se importa com a mentira dos outros.

PODER SEM PUDOR

Eleitorado difícil
Então deputado federal, Fernando Gabeira andava descrente no eleitorado. Em visita a Anapu (PA), falou da incerteza da eleição que enfrentaria em 2006, sobretudo dos eleitores conquistados com bandeiras como a descriminalização da maconha: “Está difícil: as prostitutas, que votam em mim, traem por profissão. Os maconheiros nem sempre acordam a tempo de votar e, quando fazem isso, esquecem meu número. E os gays só querem saber de Lindbergh Faria, o ‘lindinho’.”

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

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