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Projeto Púrpura atende meninas, mulheres e população LGBTQIA+ em municípios gaúchos

Projeto surgiu em resposta às tragédias climáticas que atingiram o Rio Grande do Sul. (Foto: A3 Produtora/Divulgação)

Em resposta às tragédias climáticas que atingiram o Rio Grande do Sul, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), em parceria com o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems-RS), implementou em quatro cidades gaúchas o Projeto Púrpura – Assistência, Proteção e Igualdade.

Voltado para a promoção de direitos sexuais e reprodutivos e contra a violência de gênero, a iniciativa reflete um compromisso com a saúde das mulheres, das meninas e da população LGBTQIA +. O Projeto Púrpura busca não apenas a assistência e proteção, mas também criar espaços de transformação, com a garantia de direitos.

Embora não haja dados oficiais específicos sobre as necessidades de meninas, mulheres e da comunidade LGBTQIA + no RS, bem como sobre a prevalência da violência baseada no gênero nos municípios afetados pelas enchentes, os dados globais sublinham a importância de abordar e atuar nestas questões no rescaldo das catástrofes naturais. Além disso, a perturbação causada pelas catástrofes aumenta a vulnerabilidade desse público.

“O projeto concentra esforços para garantir assistência qualificada, inclusiva e equitativa às populações mais vulneráveis, reforçando o compromisso com a saúde e os direitos de todos”, afirmou Cacildo Delabary, presidente do Cosems e secretário municipal de Saúde de Lavras do Sul.

A assistência iniciou em outubro nos serviços de saúde nas cidades de Porto Alegre, Canoas, Guaíba e São Leopoldo, que sofreram severos impactos com as enchentes de maio. “Para enfrentar esses desafios, o UNFPA, em parceria com o Cosems, mobiliza equipes de saúde com foco em garantir o acesso ao pré-natal, especialmente para gestantes em risco obstétrico, visando prevenir mortes maternas. A iniciativa também assegura o direito ao planejamento familiar e à livre escolha, além de ampliar a testagem para HIV, fortalecer a adesão ao tratamento em casos de abandono e oferecer acolhimento e encaminhamento adequado para situações de violência sexual”, disse Caio Oliveira, Oficial de Resposta Humanitária do UNFPA.

No projeto, enfermeiras contratadas pelo Cosems-RS atuam junto ao público do projeto, dentro das unidades de saúde, nas seguintes ações: pré-natal e encaminhamento dos casos de gestação de alto risco; apoio no planejamento reprodutivo (disponibilização de métodos contraceptivos); manejo de casos violência sexual; prevenção, diagnóstico e tratamento do HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis; citopatológico de colo de útero; atividades extramuros dentro das comunidades, como, por exemplo: ações do PSE (Programa de Saúde na Escola) para atividades de direitos sexuais e reprodutivos.

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