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Política “Prometeram picanha e não tem nem ovo”, criticou Tarcísio de Freitas em evento de Bolsonaro

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Tarcísio se referia ao aumento dos preços dos alimentos, em especial o ovo e a carne. (Foto: Divulgação)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criticou duramente o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante um ato promovido por Jair Bolsonaro em Copacabana, no domingo (16).

Tarcísio afirmou que Lula e seus aliados “prometeram picanha e não tem nem ovo”, referindo-se ao aumento dos preços dos alimentos, em especial o ovo e a carne.

Em 2025, o preço do ovo branco subiu até 67,1% em comparação com os últimos dados de 2024, conforme levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), vinculado à Universidade de São Paulo.

Além do ovo, uma das promessas de campanha de Lula foi a redução do preço da carne. Em 2024, o preço da proteína bovina subiu 20,84%, com impacto direto na inflação do País, contribuindo com 0,52 ponto percentual na taxa anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 4,83%.

O evento de Bolsonaro em Copacabana fez parte de uma mobilização para pressionar o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) pela anulação das penas impostas aos envolvidos nos atos extremistas de 8 de Janeiro de 2023.

Preferência

Entre os brasileiros que participaram da manifestação de domingo, 42% acredita que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deva ser o candidato à Presidente da República em 2026, caso Bolsonaro ainda esteja inelegível.

O levantamento foi realizado pelo Monitor do Debate Público do Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e a ONG More in Common. Durante a manifestação, o governador paulista questionou os motivos que levaram Bolsonaro a ficar inelegível até 2030. Segundo o chefe do Executivo, os opositores do ex-presidente têm “medo de perder eleição”.

Na pesquisa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro aparece como a segunda opção mais citada, com 21% das preferências. Em seguida, surgem os filhos do ex-presidente: Eduardo Bolsonaro (PL), com 16%, e o senador Flávio Bolsonaro (PL), com 6%.

Outras lideranças da direita foram pouco mencionadas. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), foi citado por apenas 2% dos entrevistados, enquanto o chefe do Executivo de Goiás, Ronaldo Caiado (União), foi lembrado por 1%.

O levantamento foi conduzido entre 9h30 e 13h durante a manifestação na Praia de Copacabana, ouvindo 495 participantes. A margem de erro é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. Segundo a USP, cerca de 18,3 mil pessoas participaram do ato.

Com um público menor que o esperado, Bolsonaro e seus aliados reforçaram a defesa da anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília. Durante o evento, o presidente do STF, Alexandre de Moraes, foi alvo de críticas, xingamentos e ameaças. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi criticado pelo aumento dos preços. (InfoMoney e Estadão Conteúdo)

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