Domingo, 29 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 13 de fevereiro de 2020
Léo Veras era dono de um site policial
Foto: Reprodução/Redes SociaisO promotor paraguaio Marco Amarilla, que trabalha nas investigações sobre a execução do jornalista brasileiro Léo Veras, ocorrida na noite de quarta-feira (12) no Paraguai, disse que o profissional “já sabia que iriam matá-lo”.
Veras jantava com a esposa e o filho no quintal de casa, em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha a Ponta Porã (MS), quando dois homens armados e encapuzados entraram pelo portão, que estava aberto, e efetuaram os disparos.
“Ele recebeu ameaças nesses últimos dias. Ele estava nervoso, estava inquieto, estava temeroso. Em uma conversa que manteve com sua esposa, ele se despediu, praticamente. Ou seja, já sabia que iriam matá-lo”, disse o promotor.
Sobre o motivo das ameaças de morte, o paraguaio explica: “Hipóteses temos várias, não descartamos nenhuma. Vamos ver o que tem no telefone e no notebook. O que se fala é que ele publicava algo que incomodava. Quero saber o que foi que publicou”.
De acordo com a Polícia Nacional do Paraguai, Veras foi atingido por cerca de 12 tiros de pistola nove milímetros. O jornalista chegou a ser socorrido e encaminhado para um hospital particular da cidade paraguaia, mas não resistiu.
Ele é bastante conhecido em Mato Grosso do Sul por seu trabalho. O jornalista era dono de um site policial que produzia notícias da região da fronteira em português e espanhol. Frequentemente, ele noticiava situações relacionadas ao tráfico de drogas.