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Cinema Promotores pedem 18 meses de cadeia e multa de R$ 120 mil para o ator francês Gérard Depardieu

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A acusação, porém, pediu a suspensão condicional da pena. (Foto: Reprodução)

Promotores do julgamento de abuso sexual de Gérard Depardieu solicitaram nessa quinta-feira (27) a imposição de uma pena de prisão de 18 meses para o ator francês. O chefe da acusação, em alegações finais, também pediu que o astro do cinema fosse multado em 20 mil euros (o equivalente a R$ 123 mil) e pagasse indenização às duas mulheres que o acusaram de agressão sexual durante as filmagens em 2021 de “Les Volets Verts” (“The Green Shutters”), do diretor Jean Becker.

A acusação, porém, pediu a suspensão condicional da pena. Caso cumpra determinadas condições até o termo final, Depardieu, mesmo se for condenado, pode escapar da prisão.

As mulheres que denunciaram Depardieu são uma cenógrafa, de 54 anos, identificada apenas como Amelie, e uma assistente de direção de 34 anos. O artista, que atuou em mais de 200 filmes e séries de televisão, foi acusado de comportamento inapropriado por quase 20 mulheres, mas este é o primeiro caso a ir a julgamento.

O homem de 76 anos é a figura de maior destaque a enfrentar acusações na resposta do cinema francês ao movimento #MeToo, que ele criticou, em fala ao tribunal na terça-feira, que se tornaria “um reinado de terror”.

Ao longo do julgamento, iniciado na segunda-feira, Depardieu negou ter cometido qualquer crime.

“Sou vulgar, rude, desbocado, aceito isso”, disse ele ao tribunal na quarta-feira, mas “não apalpo” mulheres. Em sua primeira declaração, ele chegou a reconhecer ter agarrado os quadris da cenógrafa, mas disse que apenas o fez para “não escorregar” e evitar uma queda.

Depardieu se tornou uma estrela na França a partir dos anos 1980 com papéis em “The Last Metro”, “Police” e “Cyrano de Bergerac”, antes de “Green Card” de Peter Weir também torná-lo uma celebridade de Hollywood.

Mais tarde, ele atuou em produções globais, incluindo “Hamlet” de Kenneth Branagh, “Life of Pi” de Ang Lee e a série “Marseille”, da Netflix.

“Apologia do sexismo”

“Assistimos à apologia do sexismo”, declarou, nessa quinta-feira (27), a advogada de uma das duas denunciantes no julgamento em Paris contra o astro do cinema francês Gérard Depardieu, acusado de agressões sexuais durante uma filmagem em 2021.

“‘Puta’, ‘estúpida’, ‘pesada’, fazer você gozar’, ‘eu sou um homem de verdade, tenho direito'”, citou a advogada Claude Vincent, no início de suas alegações finais diante de uma atônita sala do tribunal correcional de Paris.

“Todas essas palavras (…) Esse é Gérard Depardieu em um conjunto, essa é a atmosfera que impõe”, acrescentou a advogada de Sarah (pseudônimo), uma das duas mulheres que o acusam de agressão sexual durante a gravação do filme “Les Volets Verts”.

Sarah, uma assistente de direção no filme de Jean Becker, denunciou que o ator tocou suas nádegas e seios diversas vezes, embora a mulher de 34 anos tenha lhe dito claramente “não” nas duas últimas vezes.

A outra denunciante, Amélie, uma cenógrafa de 54 anos, explicou que a suposta agressão ocorreu após uma conversa sobre o cenário e a busca de guarda-chuvas dos anos 70 para o restante da filmagem.

“Então ele fecha as pernas e agarra meus quadris”, descreveu Amélie, lembrando a “força” do ator, “seu rosto grande”, “seus olhos vermelhos, muito excitados” e suas palavras: “Venha e toque meu grande guarda-sol. Vou enfiá-lo na sua xota!”

Para Claude Vincente, “não é nem Jean Valjean, nem Cyrano de Bergerac, nem os homens que interpretou. Ele é Gérard Depardieu e é misógino!”.

As advogadas também aproveitaram para denunciar os múltiplos ataques que elas e suas clientes receberam durante o julgamento.

“Mentirosa, histérica, vão chorar!”, gritou, por exemplo, o advogado do ator, Jérémie Assous, às duas denunciantes.

“Durante quatro dias, não assistimos a uma estratégia de defesa”, mas sim à “apologia do sexismo”, lamentou Vincent.

Para além do julgamento, que pode levá-lo a enfrentar a até cinco anos de prisão, 20 mulheres acusam o astro internacional por comportamentos similares, mas a maioria das denúncias foram arquivadas porque os supostos crimes prescreveram. As informações são do jornal O Globo e da agência de notícias AFP.

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