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Proteção da propriedade: projeto inclui no Código Penal legítima defesa em casos de invasão de domicílio

Legítima defesa se estenderia ao agente que usar força letal para repelir invasão de seu domicílio, residência, imóvel ou veículo de sua propriedade. (Foto: Freepik)

Proposta que prevê a legítima defesa nos casos de invasão de domicílio está em tramitação no Senado. Trata-se do projeto de lei (PL) 748/2024 de iniciativa do senador Wilder Morais (PL-GO), que altera o artigo 25 do Código Penal. O PL está aguardando a votação na Comissão de Segurança Pública (CSP). O relator é o senador Jaques Wagner (PT-BA). Depois seguirá para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Atualmente, a lei estabelece que age em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outra pessoa.

Com a iniciativa, a legítima defesa se estenderia ao agente que usar força letal para repelir invasão de seu domicílio, residência, imóvel ou veículo de sua propriedade, quando neles se encontrar. Além disso, a utilização de dispositivos de segurança na propriedade – como cacos de vidro em muros, cercas elétricas, arame farpado, lanças em portões e cães de guarda – seriam permitidos.

Em justificativa, Wilder argumentou que em situações de invasão é de se presumir que “o pior pode acontecer.”

“A utilização moderada dos ‘meios necessários’, neste caso, deve compreender a utilização de força letal. Isso porque é de presumir que o invasor esteja portando arma branca ou arma de fogo e que não titubeará em utilizá-la para conseguir o seu intento ou para evadir-se”, explicou o senador, no projeto.

Wilder disse que as regras foram inspiradas na Stand Your Ground Law, um conjunto de leis dos Estados Unidos de autodefesa que permite o uso de força letal em situações de autodefesa contra crimes violentos como roubo, assalto, arrombamento, sequestro ou homicídio.

Desaparecimento

O desaparecimento de pessoas é tema de uma audiência pública da Comissão de Segurança Pública (CSP), do Senado Federal, marcada para esta sexta-feira (27), às 9h30. O debate foi sugerido pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF).

A CSP escolheu a Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas como ação pública a ser acompanhada em 2024. A audiência de sexta-feira é a última de um ciclo de debates sobre o assunto promovido pelo colegiado.

A reunião deve contar com representantes do Ministério da Saúde; do Conselho Nacional de Secretários de Saúde; da Associação Brasileira de Psiquiatria e do Comitê Gestor da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas. Os parlamentares pretendem avaliar os serviços públicos e privados disponíveis para acolhimento, atendimento e assistência integral às famílias de pessoas desaparecidas.

A análise da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas pela CSP foi sugerida pelos senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Damares Alves, designada relatora da avaliação. De acordo com a parlamentar, 55.680 pessoas foram reportadas como desaparecidas no Brasil em 2020. Três anos depois, o contingente chegou a 82.287 pessoas — um crescimento de 47,7%. As informações são da Agência Senado

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