A farmacêutica Pfizer afirmou que prepara a documentação para solicitar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para vacinar bebês a partir de 6 meses até crianças de 5 anos com a vacina contra covid. A estratégia está ligada à mesma abrangência de imunização praticada nos Estados Unidos. Por lá, a reguladora Food and Drug Administration (FDA), aprovou as aplicações para esse público na semana passada.
No documento, a farmacêutica diz que o esquema proposto conta com três doses, tendo em vista que o estudo foi realizado em um momento de predominância da variante ômicron.
Para os estudos que basearam o pedido foram recrutadas 1.678 crianças com idade inferior a 5 anos e com no mínimo 6 meses de idade. De acordo com a farmacêutica, trata-se de uma vacina segura para bebês e crianças – além de funcionar na proteção contra a infecção pelo coronavírus.
Por enquanto não há previsão para que o pedido seja realizado – embora a empresa esteja trabalhando na documentação. Também não há data para a chegada das doses específicas para esse público no País.
A título de comparação, contudo, o tempo que decorreu entre a autorização do FDA para o uso de terceira dose contra covid para crianças acima de 6 anos, por exemplo, ocorreu cerca de um mês antes da farmacêutica efetivamente realizar a mesma solicitação à Anvisa no Brasil.
Meses atrás, a farmacêutica Zodiac — em preparação para iniciar a operação da vacina da Moderna no Brasil — também afirmou que pedirá autorização para operacionalizar a vacina para bebês acima de 6 anos até os adultos do País.
Prazo de validade
Com cerca de 2 milhões de doses perto do vencimento em estoque, o Ministério da Saúde conta com a ampliação do prazo de validade da vacina da Pfizer. O ministro Marcelo Queiroga já foi informado de que seria possível estender a validade de 12 para 15 meses.
A empresa afirmou que “novos dados de estabilidade devem estar disponíveis para potencial análise das autoridades regulatórias em breve”.
A ampliação do prazo de validade depende do aval da Anvisa. Em abril do ano passado, o agência autorizou que a validade passasse de 9 para 12 meses, tanto para a vacina adulta como para a pediátrica.