Quem não se lembra de Pamela Anderson, em “SOS Malibu”, correndo com os seios se movendo no ritmo da trilha sonora? Nos anos 1990, a paixão pela comissão de frente avantajada dos americanos influenciou a popularização do aumento dos seios no Brasil. Porém, isto vem mudando ao longo dos anos e a tendência agora são próteses menores e mais harmoniosas.
“Antes, a procura mais comum era por implantes de cerca de 300 mililitros. De dez anos para cá passaram a ser mais frequentes as cirurgias com 400 a 450 mililitros e, no último ano, voltou a tendência de 250 a 300 mililitros”, analisa o cirurgião plástico Sandro Lemos, membro estrangeiro da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica.
Os médicos vêm percebendo que, tanto na primeira cirurgia quanto na hora de trocar o silicone, as mulheres estão preferindo um visual mais natural e proporcional. “É uma tendência que ainda está incipiente, mas já vejo uma redução no volume dos implantes de 10% a 15% no Brasil. Esse movimento já está bem claro nos Estados Unidos”, diz Prado Neto, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Elegância das modelos está sendo copiada.
A admiração pela elegância das modelos tem grande influência nesse desvio de rota. Se antes as atrizes voluptuosas serviam de padrão de beleza, hoje as próprias artistas se inspiram nas top models para conseguirem contratos na indústria da moda.
E seios grandes podem atrapalhar na hora de se vestir, pois a numeração da parte de cima fica desproporcional com a de baixo. “Muitas mulheres trocam as próteses por tamanhos menores porque se incomodam com a falta de harmonia corporal. Elas dizem que querem se vestir melhor”, explica Lemos, que até já atendeu quem preferiu retirar o silicone, e não substitui-lo, quando venceu o tempo para a troca.
Troca do implante deve ocorrer entre dez e 20 anos.
Dependendo do tipo do material, é recomendado trocar o implante a cada dez a 20 anos. Quem pretende reduzir o tamanho da prótese na hora da substituição tem que ter em mente que a cirurgia pode ser um pouco mais invasiva. “Geralmente, é necessário associar a troca do implante com a retirada de pele. Só se as mamas forem firmes e a pele saudável é que não precisará”, ensina Prado Neto.
A cicatriz, nesse caso, será em “T” invertido, um desenho feito no sulco das mamas, em direção à auréola.