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Protesto contra o aumento dos preços dos combustíveis termina com mais de cem detidos em Paris

Máquinas foram utilizadas para retirar barricadas de emblemática avenida da capital francesa. (Foto: Reprodução)

A mobilização do movimento conhecido como “coletes amarelos” que espalhou o caos no sábado (24) na avenida Champs-Elysées, em Paris, na França, terminou com mais de cem detenções, anunciou a polícia neste domingo (25). Os distúrbios, que prosseguiram até a noite de sábado, deixaram 24 feridos, incluindo cinco agentes das forças de segurança.

A famosa avenida parisiense, onde os manifestantes não foram autorizados a protestar, foi o principal cenário dos incidentes de sábado. A Champs-Elysées foi bloqueada pelos manifestantes, que jogaram objetos, criaram barricadas e incendiaram estruturas urbana, enquanto a polícia tentava dispersar os protestos com gás lacrimogêneo e jatos de água.

Na manhã deste domingo, máquinas foram utilizadas para retirar as últimas barricadas da emblemática avenida da capital francesa parisina. As equipes de limpeza também estavam no local.

O novo protesto dos “coletes amarelos”, reuniu 106.000 pessoas em toda a França, 8.000 delas em Paris, segundo o ministério do Interior. O movimento denuncia o aumento dos preços dos combustíveis e a perda de poder aquisitivo na França.

Gás lacrimogêneo

As forças de segurança da França utilizaram gás lacrimogêneo e um canhão de água para conter o avanço do movimento conhecido como “coletes amarelos” no sábado, em Paris. Eles protestam contra a alta dos combustíveis e a perda do poder aquisitivo, e tentavam se aproximar do Palácio do Eliseu, a residência presidencial.

Os confrontos aconteceram no perímetro de segurança determinado pela polícia quando dezenas de manifestantes tentaram ultrapassá-lo para chegar à residência do presidente, Emmanuel Macron, de quem pediram a renúncia em cartazes e palavras de ordem.

As autoridades tinham proibido a concentração nos arredores do Eliseu e indicaram o Campo de Marte, situado em frente à Torre Eiffel, como local permitido para a manifestação.

Mas os porta-vozes do movimento, que começou como protesto contra a alta dos impostos sobre os combustíveis, mas que vem se diversificando com o passar dos dias, rejeitaram esse ponto de concentração – por considerarem que ficariam confinados em um parque – e pediram aos manifestantes que se aproximassem da residência de Macron.

Os “coletes amarelos”, então, atiraram objetos do mobiliário urbano contra os agentes das forças antidistúrbio, que tinham estabelecido um cordão de segurança. As autoridades indicaram que facções de extrema direita ou de extrema esquerda podem ter se infiltrado entre os manifestantes para radicalizar o movimento.

Segundo os primeiros dados do Ministério do Interior, havia na capital cerca de 3 mil coletes amarelos, a maior parte concentrada na Champs-Élysées e nos limites da Praça da Concórdia, que dá acesso à residência presidencial.

No resto do país continuam os bloqueios de centros logísticos e estradas iniciados há uma semana, mas com menos intensidade que no sábado passado, quando os cálculos oficiais o estimavam em quase 300 mil os manifestantes.

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