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Política PRTB, partido de Pablo Marçal, tem vice-presidente e tesoureiro condenados

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Antônio Amauri Malaquias de Pinho, foi sentenciado por exploração de prestígio – cobrar dinheiro de políticos para “interferir” em decisões do TSE. (Foto: Reprodução)

O Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), legenda que lançou como candidato a prefeito de São Paulo o influenciador Pablo Marçal, tem em sua cúpula nacional dois condenados criminalmente. O vice-presidente da agremiação, Antônio Amauri Malaquias de Pinho, foi sentenciado por exploração de prestígio – cobrar dinheiro de políticos para “interferir” em decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nenhum integrante da Corte está envolvido, segundo a Justiça. Além dele, o tesoureiro do partido, Adevando Furtado da Silva Junior, foi condenado por descaminho, ao tentar entrar no País com produtos sem recolher impostos.

Os dois casos se somam ao de Tarcísio Escobar de Almeida, indiciado por associação ao tráfico e ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que foi colocado como presidente da legenda em São Paulo e, mesmo depois de deixar o cargo, continuou se apresentando e participando de eventos como comandante da sigla.

Todos foram alocados nas funções por Leonardo Alves Araújo, o Leonardo Avalanche, presidente nacional do partido e fiador da candidatura de Marçal.

Silva Junior não foi localizado. Nos autos, ele apresentou recurso à condenação com base no princípio da insignificância. O recurso foi rejeitado. Já Amauri Pinho alegou que as provas contra ele são frágeis e que pleiteia a prescrição do caso na Justiça. Seu advogado, Bruno Augusto Milan Idesti Pregnolato, afirmou que um habeas corpus com esse pedido será julgado no Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF-1). Ele também declarou que o cliente não cometeu nenhum crime. “É perseguição política.”

“No processo ao qual você se referiu, de 2008, onde fui acusado de crime de exploração de prestígio, a Polícia Federal ouviu mais de 80 agentes públicos em todos o Brasil, e três deles me acusaram, com provas absolutamente frágeis, e por isso não demos a devida atenção. Fui condenado, recorri, foi dado provimento à apelação e o próprio Ministério Público Federal, em parecer de 30 de julho de 2024, conclui pelo ‘reconhecimento da prescrição nos termos do artigo 109, inciso V do Código Penal’, referente à pena que era de um ano e nove meses”, disse Amauri Pinho.

Pablo Marçal e Leonardo Avalanche também foram procurados, no entanto não responderam. O influenciador está em El Salvador, em um evento para “internacionalizar” a campanha.

Fuga da polícia

De acordo com os autos da ação aberta em 2014, Adevando Furtado da Silva Junior, que administra os cofres do PRTB, tentou fugir da polícia para não ter os produtos apreendidos. A condenação foi substituída por prestação de serviço à comunidade.

Trecho da denúncia narra como Silva Junior foi preso em flagrante, em 19 de outubro de 2009, na região de Presidente Prudente, interior de São Paulo. Segundo o documento, um policial percebeu que havia três veículos trafegando em comboio, na cidade de Anhumas. O agente fez então sinal para que os veículos parassem, porém eles não obedeceram.

“Foram perseguidos e, com ajuda de outras viaturas policiais, ocorreu a parada dos veículos. Constatou-se a aquisição, recebimento e transporte pelos imputados de R$ 79.894,87 em produtos eletrônicos, todos adquiridos no Paraguai e internados ilicitamente em território nacional”, afirma o documento. O valor atualizado dos produtos é de cerca de R$ 180 mil.

Em relação a Amauri Pinho, sentenciado em 2017, a denúncia do Ministério Público Federal sustentou que ele se oferecia para políticos de Mato Grosso e do Acre para conseguir, mediante pagamentos, interferir em recursos no TSE. Os fatos ocorreram, conforme a acusação, entre 2008 e 2011. A pena foi de um ano e nove meses, substituída por serviços comunitários.

A denúncia diz que Amauri Pinho procurava prefeitos e relatava ter “poderes” para influenciar decisões judiciais relativas a processos de interesse dos então chefes dos Executivos municipais que tramitavam no TSE. Em troca, cobrava valores dos políticos. O magistrado Jaime Travassos Sarinho, juiz federal substituto responsável pela sentença em 2017, afirmou que todas as promessas eram falsas.  As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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