Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 29 de março de 2022
O anúncio do governador Eduardo Leite da renúncia ao cargo quinta-feira para ficar à disposição do PSDB como pré-candidato à presidência da República, é um fator de pressão sobre o governador paulista João Dória, que venceu a prévia interna. Leite é o segundo governador a renunciar no Rio Grande do Sul. O primeiro foi Pedro Simon, que renunciou ao cargo em 1990 para concorrer ao Senado. O vice Ranolfo Vieira assume o governo. E a sucessão estadual fica embaralhada pelo lado do PSDB, depois que a prefeita de Pelotas, cogitada como candidata ao governo, anunciou ontem que permanecerá no cargo até o final do mandato. As atenções se voltam para o deputado Gabriel Souza, pré-candidato do MDB, que poderá ter o apoio de Eduardo Leite e do PSDB.
Marco Alba critica decisão do MDB: “Foi Golpe!”
O ex-prefeito de Gravataí, que integra o bloco de lideranças descontentes com o encaminhamento da definição da candidatura ao governo pelo MDB, fez ontem um desabafo muito contundente. Marco Alba denuncia “um bolpe” e explica:
“Como é que 57 votos do diretório escolhem o pré-candidato a governador, ignorando a legitimidade dos 709 delegados à convenção, e também a representatividade de 135 prefeitos, 123 vice-prefeitos, 1.156 vereadores e 450 presidentes municipais? Os 57 votos que escolheram o pré-candidato Gabriel Souza representam apenas 7,8% do total dos 709 delegados à convenção, único forum legitimo previsto no estatuto do partido para a escolha do candidato a governador. Além disso, representam insignificantes 3,5% do quorum previsto na resolução 02/2021 construída pelo então presidente Alceu Moreira, com o secretário-geral Gabriel Souza, com respaldo da bancada pró-Leite para a pré-convenção de 19 de fevereiro de 2022.”
Desafinado com o governo, Silva e Luna sai da Petrobrás
A Petrobrás lida com um produto que influencia diretamente os índices inflacionários do país: a gasolina, o óleo diesel,e o popular gás de cozinha. Por outro lado,a Petrobrás é um paraíso. Salários somados a vantagens de diretores em torno de 370 mil por mes, mais participação nos lucros, seduzem qualquer executivo. Dentro dessa bolha, esquecem o alcance do reajuste de preços dos combustíveis. Indicado para a presidência da Petrobrás, o general Joaquim Slva e Luna sucumbiu aos prazeres do cargo, esqueceu os compromissos de dar um tom social à gestão, e manteve o foco apenas no lucro dos acionistas. Resultado: o general Silva e Luna deixará de ser conselheiro da Petrobrás na assembleia do dia 13 de abril, condição para integrar a diretoria da empresa. O novo presidente será o economista Adriano Pires, que antes será eleito para o conselho deliberativo.
Republicanos alinhado com Bolsonaro
Os ministros da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, assinaram ficha de filiação ao partido Republicanos ontem. Damares vai concorrer ao Senado (ainda não definiu o estado) e Tarcisio concorre ao governo de São Paulo. O anúncio de filiação se deu após uma reunião entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente nacional da sigla, Marcos Pereira. Foi fechada uma aliança eleitoral entre Bolsonaro e o Republicanos para as disputas de outubro deste ano.
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