Domingo, 22 de dezembro de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Política PSDB deve liberar sigla para apoiar Lula ou Bolsonaro no segundo turno

Compartilhe esta notícia:

Nenhum tucano foi eleito senador e nenhum governador foi eleito no primeiro turno

Foto: Antonio Augusto/TSE
Nenhum tucano foi eleito senador e nenhum governador foi eleito no primeiro turno. (Foto: Antonio Augusto/TSE)

O PSDB, que governou o Brasil duas vezes com Fernando Henrique Cardoso, e polarizou a disputa nacional com o PT por 20 anos, saiu do primeiro turno eleição de 2022 com um tamanho menor do que aquele que tinha.

Nenhum tucano foi eleito senador e nenhum governador foi eleito no primeiro turno. O partido convocou uma reunião para esta terça-feira (04) e deve liberar os filiados para apoiarem quem quiserem no segundo turno — Jair Bolsonaro (PL) ou Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O partido decidiu, pela primeira vez desde a sua fundação, não ter candidato a presidente. A legenda estava na coligação de Simone Tebet (MDB) e tinha Mara Gabrilli (PSDB) como candidata a vice. Na prática, poucos tucanos se engajaram na campanha de Simone. A velha guarda se moveu na direção de Lula e os parlamentares colaram em Bolsonaro.

A legenda perdeu pela primeira vez em 28 anos o governo de São Paulo. Rodrigo Garcia, que fez carreira no DEM — hoje União Brasil — e entrou nas fileiras tucanas apenas no ano passado, ficou em terceiro lugar da disputa e não vai ao segundo turno, que terá Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT).

No RS, o PSDB ainda vai disputar o segundo turno para o governo estadual, onde Eduardo Leite (PSDB) vai concorrer com Onyx Lorenzoni (PL). Além disso, os tucanos seguem na disputa em Pernambuco, no Mato Grosso do Sul e na Paraíba.

A bancada na Câmara, que já havia diminuído em 2018, vai ser de 18 deputados a partir de 2023, contando com os eleitos pelo Cidadania, que fazem parte de uma federação com os tucanos.

O instrumento obriga as siglas a terem a mesma posição nas eleições municipais, estaduais e nacionais por no mínimo quatro anos, além de agirem como um partido só no Congresso. Há quatro anos, o PSDB sozinho elegeu 29 deputados. Antes, o partido tradicionalmente ficava com mais 50 e estava em as três maiores bancadas, disputando protagonismo com PT e MDB.

Parte do entorno do PSDB está insatisfeito com a condução do presidente do partido, Bruno Araújo, e diz que ele decidiu se omitir diante de uma bolsonarização do país.

Garcia era a última esperança de o PSDB manter uma relativa relevância nacional. Ele foi eleito vice-governador de João Doria (PSDB) em 2018 e assumiu o Palácio dos Bandeirantes em meio a um processo de guerra interna no partido.

Doria renunciou ao cargo em abril para tentar concorrer a presidente, mas quase desistiu de fazer isso e ameaçou ficar no cargo de governador diante da possibilidade de não ter o apoio da legenda para disputar a Presidência. Depois da ameaça, a cúpula nacional tucana convenceu Doria a sair do cargo para que Garcia assumisse o governo. Mesmo com a máquina paulista na mão, Garcia ficou em terceiro lugar e pela primeira desde 1994 um tucano não comandará o maior Estado do país.

“Quero agradecer o carinho com que fui recebido durante nossa campanha e os votos recebidos neste domingo. Vou continuar trabalhando para o Estado que tanto amo. São Paulo, conte sempre comigo”, disse o governador de São Paulo no Twitter após a derrota.

Além disso, nomes históricos da legenda tiveram votações pífias. O senador José Serra, que foi governador, prefeito e duas vezes candidato a presidente, não conseguiu se eleger para deputado federal em São Paulo. O ex-governador do Paraná e ex-prefeito de Curitiba Beto Richa também não se elegeu deputado federal.

O ex-governador de Minas Gerais e candidato a presidente em 2014, Aécio Neves conseguiu se reeleger deputado federal, mas ficou no limite. O PSDB de Minas Gerais conseguiu duas vagas para a Câmara e Aécio ficou em segundo pelo partido. O mineiro foi o principal tucano a se articular para que Doria não fosse candidato a presidente. O ex-governador paulista havia comprado uma briga com o mineiro e tentou promover sua expulsão do partido em 2019.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Ação especial de limpeza coleta mais de nove toneladas de resíduos em Porto Alegre após as eleições
Por unanimidade, Supremo mantém isenção de Imposto de Renda sobre pensão alimentícia
https://www.osul.com.br/psdb-deve-liberar-sigla-para-apoiar-lula-ou-bolsonaro-no-segundo-turno/ PSDB deve liberar sigla para apoiar Lula ou Bolsonaro no segundo turno 2022-10-03
Deixe seu comentário
Pode te interessar