Quarta-feira, 16 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 14 de abril de 2025
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) chegou nessa segunda-feira (14) ao seu quinto dia de greve de fome. Colegas de partido organizaram um samba para reunir apoiadores na Câmara dos Deputados, de onde o parlamentar afirmou que não sairia até a conclusão da denúncia que pode levar à perda do seu mandato. A medida foi aprovada no Conselho de Ética, mas que carece de análise no plenário da Casa para ser efetivada ou arquivada.
Segundo a equipe de Glauber, ele “aumentou os cuidados por recomendação médica”. Na manhã dessa segunda, o parlamentar recebeu os primeiros atendimentos do dia da equipe de brigadistas da Câmara. Ele ingeriu água e isotônico. “Eu estou bem. Um pouco mais abalado, mas estou bem”, disse o deputado fluminense.
“Para mostrar que não fugimos da luta, hoje faremos um ato cultural em defesa do mandato do deputado federal Glauber Braga, que está em greve de fome há 5 dias em protesto ao processo de cassação de seu mandato”, dizia a convocação. O evento ocorreu na parte externa da Câmara, entre o Anexo III e o Anexo II.
O evento aconteceu num momento em que a Casa está esvaziada. Por causa da Sexta-Feira Santa (18), as votações desta semana serão totalmente virtuais, sem temas polêmicos na pauta. A previsão é que na próxima semana, por causa do feriado de Tiradentes na segunda-feira (21), poucos parlamentares venham a Brasília.
Ou seja, pelas próximas duas semanas, o caso de Glauber Braga deve ficar sem análise no Congresso. Ele afirmou que não se alimentaria ou deixaria a sede do Legislativo até que a análise do seu processo de cassação fosse concluído. Ele é alvo de uma denúncia de quebra de decoro por expulsar da Câmara, a chutes, um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL).
Nos bastidores, parlamentares analisam que a situação de Glauber só chegou até este ponto porque ele entrou em conflito direto com o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), enquanto também queimou pontes com líderes de outros partidos do Centrão. O deputado do PSOL é crítico ao orçamento secreto e ao ganho de poder do Legislativo através do aumento das emendas.
“Estou há 5 dias e 7 horas em greve de fome. Não se trata de um apelo individual para salvar um mandato. É uma denúncia contra a perseguição de Arthur Lira e contra o orçamento secreto. Luto por dignidade. Estou junto com aqueles que não se dobram ao poder da grana”, afirmou o parlamentar fluminense na manhã desta segunda. (Com informações do portal Metrópoles)