Nesta segunda-feira (25), o PT anunciou Olívio Dutra, 81 anos, como pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul no pleito de 2 de outubro. A notícia surpreendeu até mesmo alguns correligionários, em um cenário no qual muitos já davam como certa a aposentadoria eleitoral do ex-prefeito de Porto Alegre, ex-governador e ex-ministro.
A oficialização de seu nome ainda depende de duas convenções marcadas para o próximo fim de semana – no sábado (30) com petistas e no dia seguinte com integrantes dos aliados PV e PCdoB. Ambos os encontros também servirão para definir os detalhes de outra novidade antecipada pela sigla: a proposta de um mandato coletivo no Senado.
Isso significa que, em caso de vitória de Olívio nas urnas, ele fará em Brasília uma espécie de gestão compartilhada com seus dois suplentes, em uma chapa cuja composição também aguarda a “batida de martelo” pelas legendas envolvidas. A ideia já foi adotada pelo PT em Porto Alegre com a vereadora Laura Sito (eleita em 2020), de forma pioneira no Estado.
Pela legislação brasileira, os partidos têm até 5 de agosto para escolher quem os representará nas urnas. Vale lembrar que estará em jogo, em outubro, a escolha dos próximos deputados estaduais e federais, senadores, governadores e presidente da República (com eventual realização de votação em segundo turno apenas para esses dois últimos).
Confirmados até agora
Até o momento, já foram formalizados os nomes de pelo menos outros três candidatos ao Senado pelo Rio Grande do Sul. São eles o atual vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), o jornalista e senador Lasier Martins (Podemos) e o vereador porto-alegrense Roberto Robaina (PSOL).
Senadores têm mandato de oito anos. O Estado tem três parlamentares no cargo. Luiz Carlos Heinze (PP) e Paulo Paim (PT) começaram em 2018 e permanecem até 2026, enquanto o já mencionado Lasier Martins tomou posse em 2014 e terá sua legislatura encerrada em dezembro – a menos que se reeleja.
(Marcello Campos)