Segunda-feira, 10 de março de 2025
Por Redação O Sul | 19 de abril de 2023
O partido decidiu entrar com representação no Conselho de Ética contra o deputado Eduardo Bolsonaro por falta de decoro pelos ataques proferidos durante a Comissão de Trabalho
Foto: ReproduçãoO deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) “partiu para cima” do também parlamentar Dionilso Marcon (PT-RS), nesta quarta-feira (19), após o petista afirmar que a facada sofrida em 2018 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) era ‘”fake”. Em resposta, Eduardo Bolsonaro levantou da cadeira e disse iria “enfiar a mão na cara” do deputado. Após o episódio, pelas redes sociais, o petista disse que o partido irá ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra o deputado do PL.
“Violência aqui não! O Partido dos Trabalhadores decidiu entrar com representação no Conselho de Ética contra o Deputado Eduardo Bolsonaro por falta de decoro pelos ataques proferidos a mim durante a Comissão de Trabalho. Não vamos tolerar nenhum tipo de violência!”, escreveu o petista.
O deputado federal e colega de partido Reimont (RJ) afirmou que Marcon representará por quebra de decoro, violência e homofobia. O parlamentar também descreveu o momento do embate: “Fiquei atônito. A briga da politica é a briga dos debates, das ideias, mas essa turma bolsonarista acha que pode resolver as coisas no braço. Fiquei de fato muito impactado. Já tinha presenciado algumas cenas do irmão dele na Câmara do rio, mas nada tão estúpido quanto presenciei hoje”, relatou Reimont.
Perfil do PT
O perfil PT na Câmara compartilhou nas suas redes sociais um vídeo em que Marcon comenta o episódio: “Mais uma vez essa turma da truculência, Eduardo Bolsonaro, querer me amedrontar, querer me ameaçar, me agredir fisicamente. Inclusive, ofendendo a minha mãe. (…) Nós vamos representar ele na Comissão de Ética. Aqui não é luta de boxe. Aqui é luta de disputa de ideias.”
Já a presidente do partido, Gleisi Hoffmann repudiou a atitude de Eduardo Bolsonaro: “Filho de Bolsonaro xingou e partiu pra cima do companheiro Marcon e agora bolsonaristas ocupam a tribuna com mais ofensas, estímulo à violência e ataques à esquerda. Falta de compostura e quebra de decoro viraram rotina na Câmara. Essa gente não sabe debater o contraditório e ainda por cima é perigosa”.
O fato
Ambos debatiam na Comissão de Trabalho da Câmara, quando o filho do ex-presidente citou o atentado cometido contra o então candidato. Marcon afirmou que a “facada foi fake”. Eduardo chegou a levantar da cadeira e precisou ser contido pelos colegas ao responder o petista. Ele chamou Marcon de “veado” e pediu para que repetisse a frase.
“Queria me tirar do sério? Conseguiu. Decoro? Olha o que este veado está falando aqui! Não houve sangue? Desde quando a faca foi fake? Vocês tentaram matar o meu pai e agora querem me tirar do sério. Te enfio a mão na cara e perco o mandato com dignidade, seu filho da puta. Tá achando que está na internet?”, disse Eduardo Bolsonaro.