Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 27 de setembro de 2015
Centenas de militantes do PT e de movimentos sociais promoveram no centro de São Paulo, na tarde de sábado, um ato em defesa do partido e da presidenta Dilma Rousseff. O evento, intitulado Primavera Democrática, foi marcado por discursos, faixas e cartazes de repúdio ao suposto golpismo dos pedidos de impeachment encaminhados ao Congresso Nacional. Os manifestantes, por outro lado, não pouparam críticas à política econômica do governo e ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
O ato contou com apresentações musicais e mais de 40 bancas de lanches e bebidas, cujas vendas tiveram o lucro destinado aos diretórios paulistanos da legenda. “A iniciativa não tem finalidade econômica, mas simbólica”, justificou um dirigente da sigla. “A ideia é criar um clima semelhante ao do PT nas suas origens, quando a gente vendia diversas coisas para sustentar o partido.”
Alternativa ao ajuste
A base petista é contrária à proposta de ajuste fiscal enviada pelo Palácio do Planalto ao Congresso, prevendo medidas polêmicas, tais como cortes em programas sociais e o retorno da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) para bancar despesas da Previdência Social.
Em entrevista após o evento, o presidente do PT em São Paulo, Emídio de Souza, disse que a Fundação Perseu Abramo (ligada ao partido) apresentará proposta alternativa ao pacote do governo, nesta segunda-feira. “Se um ajuste tiver de ser feito, que seja com quem pode pagar mais, e não com o trabalhador”, frisou.
A iniciativa reflete o pensamento da própria cúpula petista, de que a defesa de Dilma não pressupõe um alinhamento automático à política econômica. (Marcello Campos com agências)