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Política PT é pressionado a tomar ou adiar decisão na Câmara dos Deputados; integrantes da bancada divergem

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Com a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados, o PT virou o maior alvo de investidas dos candidatos à presidência da Casa. (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

Com a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados, o PT virou o maior alvo de investidas dos candidatos à presidência da Casa para destravar os impasses que vêm dificultando uma candidatura de consenso ou embaralhar de vez o jogo. Os petistas reunirão o diretório nacional na segunda-feira e a bancada na Câmara na terça-feira para debater o tema e são cobrados por uma definição.

Há divergências internas sobre o timing adequado para isso. Com forte atuação nos bastidores para emplacar o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), como seu sucessor, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem pressionado o PT a decidir rapidamente. Isso, argumentou a aliados, permitiria que Motta demonstrasse força e abriria as portas para outras adesões.

Além disso, o anúncio deve desmobilizar as candidaturas dos líderes do União, Elmar Nascimento (BA), e do PSD, Antonio Brito (BA), que apostam na aproximação com o governo e em colocar em Motta a pecha de candidato da oposição por contar com apoio de PP, PL e Republicanos.

Ciente dessa articulação, Lira tem controlado a formalização do anúncio do PL para evitar que o PT se afaste. Segundo fontes, ele acredita que o melhor cenário é que a adesão de ambos ocorra “praticamente ao mesmo tempo” para evitar que o ingresso de uma legenda inviabilize a entrada da outra. Outro argumento para atrair o PT é garantir que o fim do ano seja mais tranquilo para o governo, que tem extensa agenda para aprovar em menos de dois meses.

Por outro lado, Elmar e Brito têm listado argumentos para que a sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva adie a decisão. Ambos são adversários, mas prometem caminhar juntos em um eventual segundo turno, e acenam com cargos e governabilidade.

Para atrair o PT, eles pontuam que poderiam oferecer a primeira vice-presidência da Câmara ao partido, um cargo melhor do que o ofertado por Motta – que garantiu esse posto ao PL e promete a primeira-secretaria aos petistas. Além disso, Brito e Elmar sinalizam que a eventual adesão do PT pode ajudar na aproximação com suas legendas e garantir maior governabilidade. As duas siglas estão na base aliada do governo Lula, mas há uma dissidências relevantes e, hoje, dificilmente elas apoiariam a reeleição de Lula em 2026.

Nos bastidores, Brito destaca que é o único dos candidatos que votou contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Aponta ainda que seria um erro do PT querer o apoio do PSD para 2026, diante da votação expressiva dos candidatos da sigla nas eleições municipais, mas desprezar uma aliança agora para se juntar ao PP e aí Republicanos – que provavelmente vão estar em campanha contra Lula ou o PT em 2026.

A expectativa de Brito e Elmar é que, quanto mais o anúncio demorar, mais força Motta perde como candidato de consenso e mais fraco Lira fica para impor seu sucessor. Em meio a disputa, os petistas estão divididos. Uma ala quer firmar a aliança com Motta agora, alinhado à estratégia de Lula de evitar brigas e combinar o jogo com Lira. Outro grupo quer empurrar a decisão para ver se aliados mais próximos têm chances.

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