O PT é responsável pela maior parte das ações no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para combater as fake news nas eleições deste ano. Ao todo, o partido concentra mais de 60 dos cerca de 90 pedidos registrados desde 8 de agosto.
O partido de Lula conseguiu vitórias em metade dos pedidos feitos à Justiça Eleitoral, seja totais (42%) ou parciais (8%). Em 21% dos casos, os pedidos foram negados, e as demais ações não têm conclusão até o momento.
Entre os temas divulgados em campanha eleitoral ou na internet estão que Lula persegue cristãos, que o petista acabará com o agronegócio caso seja eleito presidente e que o candidato tem ligação com facções criminosas.
Bolsonaro e o PL também acionaram a Justiça Eleitoral contra fake news, mas quase dez vezes menos do que o PT. O atual presidente venceu cinco dos pedidos, com aproveitamento positivo de 71% e derrotas nos dois demais casos.
As ações de Bolsonaro e seu partido incluem a retirada do ar do site www.bolsonaro.com.br (quando o domínio não foi renovado e acabou com o novo dono postando críticas ao presidente), que o candidato à reeleição é genocida e um vídeo que liga Bolsonaro ao canibalismo.
As demais representações feitas no TSE têm o PDT (partido de Ciro Gomes), Simone Tebet, PSOL e pessoas físicas como autores, segundo levantamento divulgado pelo site G1.
Geraldo Alckmin (PSB), vice de Lula, e Eduardo Pazuello (PL), entraram com uma ação cada: o ex-governador de São Paulo por críticas passadas feitas a Lula e propagadas por Flávio Bolsonaro (o pedido foi negado), e o ex-ministro da Saúde por ter sido chamado de “omisso” pelo PT e Lula no combate à pandemia (também perdeu).