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PT fará “vaquinha” para arrecadar dinheiro para as caravanas de Lula pelo Brasil

Segundo o Datafolha, 29% votariam "com certeza" em um nome apoiado por Lula. (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

O PT lançará uma campanha para arrecadar doações para as caravanas do ex-presidente Lula para as eleições de 2018. A iniciativa faz parte de uma mudança na estratégia do partido, que decidiu rever a forma de buscar recursos. A sigla passará a fazer pedidos focados em grandes temas.

A vaquinha será lançada nesta sexta-feira (20), na reunião da executiva da legenda. Haverá mobilização na internet a partir da próxima semana, com imagens da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, de líderes petistas e das viagens de Lula.

Condenado a mais de nove anos de prisão na Operação Lava-Jato, na primeira instância, Lula pretende concorrer à Presidência da República em 2018. Caso a sentença seja confirmada na segunda instância, a candidatura deve ser barrada pela Justiça.

Apoio de Eunício 

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), declarou apoio ao ex-presidente Lula, nas eleições de 2018, se não houver entendimento nacional do PMDB para o pleito.

“Se não houver um entendimento nacional, se não houver uma aliança local que me obrigue diferente, eu sou eleitor do Lula” disse o presidente do Senado, após seminário do Sebrae em Fortaleza (CE).

A declaração fortalece a tese de que Eunício estaria se aproximando do governador Camilo Santana (PT) com a intenção de disputar uma das vagas ao Senado dentro da possível aliança com o petista. O peemedebista avaliou que o PMDB não deve lançar candidato próprio à Presidência. Ele defendeu a liberação das alianças nos Estados.

“O PMDB é um partido livre”, disse. “Se tiver liberado, se [o voto] for livre, obviamente votarei no presidente Lula. No Ceará, PT e PMDB romperam oficialmente em março de 2016 antes da votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Temer

O presidente Michel Temer disse que avalia que “não tem nenhum fator negativo” a participação do ex-presidente Lula na eleição de 2018. O presidente afirmou que há uma “série de condicionantes” para a disputa de Lula e disse que é o eleitor que deve dizer se “aprova”.

“É positivo se o Lula participar, se o João da Silva participar, se o José das Abóboras participar. Quantos queiram participar. Acho que não tem nenhum fator negativo”, afirmou Temer, que disse que se “enxerga” como presidente da República até 31 de dezembro de 2018.

“Eu acho o seguinte: nós estamos em um sistema democrático pleno. Ninguém pode negar. As instituições estão funcionando plenamente. Isto é importante dizer. Tem repercussão internacional. Quando vejo gente falando mal do Brasil, eles não se apercebem que isto cria um clima negativo para o País. Você divide os brasileiros. Acho que nós não temos que fazer isso. Então em um sistema democrático, quem quiser se habilita, se candidata. O eleitor é que vai dizer se aprova, se não aprova”, disse o chefe do Executivo.

 

 

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