Sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025
Por Cláudio Humberto | 21 de fevereiro de 2025
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro reacendeu uma discussão dentro do PT que estava adormecida: a disputa majoritária em São Paulo. PT e PSB têm acordo para que os socialistas disputem o governo paulista com apoio de Lula, mas os petistas, conhecidos por furar acordos, querem “rever” o plano. O Planalto dá como certo que o bem avaliado governador Tarcísio de Freitas (Rep-SP) irá disputar a Presidência, o que muda o cenário.
Tudo muda
Sem Tarcísio no páreo e sendo o prefeito Ricardo Nunes (MDB-SP) o adversário, petistas enxergam oportunidade de levar o Bandeirantes.
Contrato
O acordo PSB-PT envolveu o sacrifício de Márcio França para apoiar a fracassada campanha de Fernando Haddad ao governo de SP em 2022.
Em gestação
O plano ainda corre à boca miúda no PT, que nem mesmo tem um nome definido, mas há conversas com o ex-ministro José Eduardo Cardozo.
Na janelinha
França jura que será ele o ungido para a disputa. Mas até no PSB tem resistência, preferem Geraldo Alckmin, que ainda pode ir para o Senado.
Palocci revelou em vídeo que Lula recebia propinas
Provocou nova onda de indignação mais uma decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, livrando corruptos confessos nas investigações da Lava Jato. Alegando-se “parcialidade” do Ministério Púbico Federal, o beneficiado é Antônio Palocci, mas Lula (PT) celebrou, mais blindado que nunca. Ainda não completaram 7 anos do dia em que o ex-ministro da Fazenda relatou à Polícia Federal pagamento de propina da Odebrecht a Lula em dinheiro vivo. Agora, virou o dito pelo não dito.
Dinheiro escondido
Palocci contou ter sido portador de propinas “cerca de oito a nove vezes” a Lula e que o dinheiro era escondido em caixas de celular e de uísque.
Pacto de sangue
Disse também que a relação de Lula com a empreiteira Odebrecht era “pacto de sangue”, envolvendo presentinhos como o sítio de Atibaia (SP).
Usina de propinas
Palocci disse à PF que Lula ganhou R$15 milhões na obra da hidrelétrica de Belo Monte, R$200 mil por palestra etc. Tudo isso foi jogado no lixo.
Lorota infanto-juvenil
Era mentira, fake news, a “demissão” da ministra Nísia Trindade (Saúde), ontem, ainda que seja dada como certa na reforma ministerial que nunca sai. Rumores são diários, em Brasília, assim como os escorregões da cobertura infanto-juvenil da política, ávida por “furo”.
Lobby irresistível
Está pronta para votação no Senado a volta da obrigação dos extintores em carros. Sumiu dos veículos em 2015, mas subitamente ressuscitou, após o lobby irresistível de quem espera ganhar muito dinheiro com isso.
Luto profundo
Em um dos trechos do vídeo da delação do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid revelou que o ex-presidente “não estava em depressão, mas em luto profundo”, após a derrota na eleição.
Rumble desafia
Chris Pavlovski, CEO do Rumble, que acionou Alexandre de Moraes na Justiça dos EUA, revelou haver recebido nova ordem do ministro do STF, “ilegal e sigilosa”, e desafiou: “Você não tem autoridade sobre o Rumble aqui, a menos que passe pelo governo dos EUA”.
Não aconteceu
Segundo a delação de Mauro Cid, a preocupação do general Freire Gomes, à época Comandante do Exército, era o ex-presidente Bolsonaro ser incensado a assinar algum documento golpista. Nunca aconteceu.
Chegou e parou
Está na gaveta de Rui Costa (Casa Civil) o pedido de reajuste para os policiais do DF. O governador Ibaneis Rocha já encaminho o pedido, mas a vice-governadora Celina Leão disse que o ministro não deu resposta.
Maioria pela anistia
Gráfico exibido pelo deputado Gustavo Gayer (PL-GO) mostra que há maioria pela aprovação do projeto da anistia no Congresso. Na Câmara, diz o documento, 50% são favoráveis. No Senado, 46,2%.
Escândalo internacional
Parou na Comissão Interamericana de Direito Humanos a delação de Mauro Cid. O deputado Gustavo Gayer viu “tortura psicológica, coação, intimidação e ameaça”, e denunciou a conduta.
Pensando bem…
…agora delação deixou de ser “coação”, da Lava Jato, e voltou a ser “instrumento jurídico”.
PODER SEM PUDOR
Um chato de botina
Sempre que lembram do AI-5, que instituiu a ditadura em 1968, recordam-se de muitos personagens, mas pouco se fala do Chefe do Gabinete Militar do general-presidente Costa e Silva. O general Jayme Portella tinha fama de ultra-direitista e de ultra-chato. Um jornalista perguntou a um oficial do Gabinete Militar, na época, se o general Jayme era mesmo mal-humorado ou era só aparência. “É verdade”, respondeu o oficial, com sinceridade. “Ele é tão complicado que calça 40, mas usa 37 só pra conservar o mau humor.”
(Cláudio Humberto – @diariodopoder)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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