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Colunistas Público esperado para a posse do “líder popular” em Brasília será de 30 mil pessoas

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No último dia 7 de setembro, público estimado em 1 milhão de pessoas, ocupou a Praça dos Três Poderes. (Foto: Agência Brasil)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A pretexto de garantir a segurança do evento, a posse de Lula na presidência da Republica terá um limite de público, determinado pelo PT e os órgãos que organizam o evento. Foi a desculpa encontrada pelos organizadores para esconder o desinteresse popular no evento de posse do “grande líder aclamado pelas urnas”, para limitar em 30 mil pessoas o público que terá acesso à Praça dos Três Poderes em Brasília. Para efeito de comparação, a Polícia Militar estimou que o ato pró-Bolsonaro na Esplanada no dia 7 de setembro chegou a 400 mil pessoas. O Palácio do Planalto estimou em 1 milhão de pessoas. Sobre a limitação a 30 mil pessoas do público que poderá comparecer no espaço público no dia 1° de janeiro, nunca houve limitação à presença de pessoas na Esplanada dos Ministérios.

Novos ministros de Lula já foram investigados ou processados

O leitor não vai ver essa informação no chamado “consórcio da imprensa”. Entre os 37 ministros anunciados, há vários envolvidos em escândalos de corrupção, caixa 2 ou improbidade:

* Rui Costa: anunciado para o cargo de ministro da Casa Civil, Rui Costa é alvo de uma investigação no Superior Tribunal de Justiça que apura se ele cometeu os crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e fraude durante a sua presidência no Consórcio Nordeste. A investigação envolve uma licitação de quase R$ 50 milhões para a compra de respiradores da HampCare,que comercializa derivados de maconha, e que não foram entregues.

* Fernando Haddad: para o ministério da Fazenda. Em 2019, Haddad foi condenado por falsidade ideológica eleitoral, crime conhecido como caixa dois, durante a campanha de 2012, para o cargo de prefeito de São Paulo. Haddad foi condenado a uma pena de quatro anos e seis meses em regime semiaberto. Segundo a denúncia, ele realizou caixa dois de R$ 2,6 milhões na prestação de contas da empresa UTC Engenharia.

* Waldez Goés (PDT), governador do Amapá, futuro ministro do Desenvolvimento Regional. Goés foi preso em 2010, na Operação Mãos Limpas, deflagrada pela Polícia Federal, e chegou a ser condenado a seis anos e nove meses de prisão em regime semiaberto.

* Carlos Fávaro (PSD-MT). O senador, indicado para o Ministério da Agricultura. Em 2020, o Ministério Público Federal em Mato Grosso (MPF-MT) abriu investigação contra o senador por suspeita de prática de caixa 2 nas eleições de 2018. Segundo a investigação, o deputado omitiu notas promissórias emitidas por uma gráfica nos valores de R$ 405.508,00 e R$ 60.312,00.

* Carlos Lupi (Previdência): investigado por improbidade administrativa em processo que tramita na 6ª Vara da Justiça Federal em Brasília, foi acusado por ter usado o avião de uma ONG enquanto era ministro do Trabalho do governo Lula, em 2009. Ele também é investigado em um inquérito que apura os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e caixa 2 eleitoral por suposta venda de apoio político para a campanha eleitoral de Dilma Rousseff em 2014.

* Simone Tebet (Planejamento e Orçamento): foi alvo de investigação por crime de responsabilidade em dois inquéritos referentes a supostas fraudes em licitações em Três Lagoas (MS), município onde foi prefeita entre 2005 e 2010. Um dos processos foi arquivado no Supremo Tribunal Federal (STF), o outro aguarda o reconhecimento da prescrição.

* Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública): foi alvo de inquérito da PGR por suspeita de ilegalidades em um contrato de fornecimento de combustível para o helicóptero da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão. Em 2020, a investigação foi arquivada pelo STJ. À época, ele reclamou do uso indevido de procedimentos judiciais e policiais para fins políticos por parte da PGR (Procuradoria-Geral da República).

* Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais): foi acusado por um delator da operação Lava Jato de ter negociado para ficar com uma parte do laboratório Labogen, empresa que era usada pelo doleiro Alberto Youssef para fraudar contratos milionários do Ministério da Saúde. A defesa dele disse que nem uma apuração concluída pela CGU (Controladoria-Geral da União) nem uma investigação da Polícia Federal encontraram nenhum vínculo de Padilha com irregularidades.

* Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação): em 2019, foi condenada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco por improbidade administrativa pela contratação para gerenciar a iluminação pública da cidade. À época, a defesa dela disse que não houve prejuízo ao patrimônio público municipal e que a sentença da Justiça reconheceu que Luciana não recebeu nem desviou dinheiro público.

* Jorge Messias (Advocacia-Geral da União): ficou conhecido como “Bessias” por ter tido o nome citado na interceptação de uma conversa entre Lula e Dilma em 2016. Ele seria o responsável por entregar o termo de posse como ministro ao ex-presidente. A intenção seria deixar Lula com foro privilegiado. Ele não se manifestou.

* Márcio França (Portos e Aeroportos): investigado em inquérito de desvios na Saúde. Foi alvo de operação da Polícia Civil em janeiro deste ano. Em sua defesa, ele disse que a operação era política, e não policial, e afirmou não ter nenhuma relação comercial nem advocatícia com as pessoas jurídicas e físicas envolvidas na investigação.

* Luiz Marinho (Trabalho e Emprego): foi condenado neste ano pela 8ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, junto com o ex-prefeito de Santo André Carlos Grana, por nepotismo cruzado. A ação foi movida pelo Ministério Público de São Paulo, com o argumento de que foram dados cargos de confiança à filha de Grana em São Bernardo do Campo, onde Marinho foi prefeito, e à cunhada de Marinho em Santo André. Os dois foram condenados ao pagamento de multa equivalente a seis vezes a última remuneração.

* Wellington Dias (Desenvolvimento Social, Assistência, Família e Combate à Fome): foi alvo de uma operação da Polícia Federal em 2020 que investigou os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e fraudes em licitações na Secretaria da Educação do Piauí, estado do qual foi governador. À época, ele classificou a operação como “ridícula” e “mais um espetáculo em nome de investigação”.

* Camilo Santana (Educação): em 2011, quando era secretário das Cidades do Ceará, teve o nome envolvido no escândalo dos banheiros, esquema no qual a secretaria teria desviado milhões de reais que seriam utilizados na construção de sanitários populares. Santana se defendeu à época e disse que os contratos foram assinados antes que ele tivesse assumido o posto.

Governador gaúcho anuncia nomes do MDB e PP

O governador Eduardo Leite confirmou ontem o nome do deputado federal Giovani Feltes (MDB) à frente da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação pasta de ponta, que pertencia ao PP, e a permanência de Marjorie Kauffmann na Secretaria de Meio Ambiente. O PP ficou com uma pasta secundária: o Turismo, que será comandada pelo ex-deputado federal Vilson Covatti. O deputado estadual Frederico Antunes (PP) foi confirmado para a liderança do governo na Assembleia.

Em Porto Alegre, Cultura se afastou das comunidades carentes

Diversas plenárias do Orçamento Participativo de Porto Alegre realizadas recentemente, tiveram um ponto em comum: a queixa das comunidades, pela falta de inclusão na área cultural. Em várias plenárias onde o prefeito Sebastião Melo compareceu, lideres comunitários mencionaram pontualmente a interrupção do trabalho do ex-secretario da Cultura, Leonardo Maricato. A atuação de Maricato é apontada como marcante, no tocante à inclusão de comunidades carentes em projetos culturais. Vinculado ao PL, ele é visto como um nome que poderá fortalecer a atuação do governo do município nessa área, restabelecendo esta relação com as comunidades carentes, o que está deixando a desejar no momento.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/publico-esperado-para-a-posse-do-lider-popular-em-brasilia-sera-de-30-mil-pessoas/ Público esperado para a posse do “líder popular” em Brasília será de 30 mil pessoas 2022-12-30
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