O presidente russo, Vladimir Putin, criticou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, chamando-o de uma vergonha para o povo judeu. Além disso, Putin reiterou sua justificativa para a ofensiva militar na Ucrânia, afirmando que o país é governado por “neonazistas”.
“Tenho muitos amigos judeus desde a minha infância, e eles dizem que Zelensky não é judeu, que ele é uma vergonha para o povo judeu. Não estou brincando”, disse o presidente russo no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, na semana passada.
A Rússia afirma que o tratamento do governo ucraniano à população russófona na Ucrânia é comparável às ações da Alemanha nazista, acusações rechaçadas pelo governo ucraniano e a comunidade judaica no país.
Após as declarações de Putin, o grande rabino da Ucrânia disse que estava orgulhoso de Zelensky. “E não só eu, acredito que todo o mundo está orgulhoso dele”, afirmou o rabino Moshe Reuven Azman à agência de notícias ucraniana UNIAN.
“Ele não fugiu e está fazendo o possível para ajudar o povo ucraniano”, disse ele.
O empresário e filantropo ucraniano Viktor Pinchuk, que afirmou que também tem ascendência judaica, disse que “Zelensky é a encarnação da luta pela liberdade, e a liberdade é um dos principais valores do povo judaico”, segundo um comunicado publicado por sua fundação.
Ofensivas
Em outra frente, as forças da Ucrânia libertaram oito assentamentos, incluindo a vila de Piatykhatky, nas últimas duas semanas, durante suas ofensivas contra tropa da Rússia, disse a vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar, nesta segunda-feira (19).
“Durante duas semanas de operações ofensivas nas direções de Berdiansk e Melitopol, oito assentamentos foram liberados”, disse Maliar por meio do aplicativo de mensagens Telegram.
Uma autoridade Rússia – não identificada pelas agências internacionais de notícias – admitiu que a Ucrânia havia recapturado Piatykhatky, um vilarejo na região de Zaporizhzhia, no sul do país. Segundo a fonte, as tropas ucranianas estavam entrincheiradas e sob fogo da artilharia russa.
Rússia realoca forças
O serviço de inteligência do Ministério da Defesa da Grã-Bretanha informou também nesta segunda-feira que, nos últimos 10 dias, a Rússia começou a realocar forças da margem oriental do rio Dnipro para reforçar setores de Zaporizhzhia e Bakhmut. As informações são do portal de notícias G1.