O presidente russo Vladimir Putin aprovou um orçamento militar para 2025-2027, segundo um documento publicado neste domingo (1º). O orçamento do Estado russo para o próximo ano inclui um aumento de 25% nos gastos militares, mas será o mais secreto da história pós-soviética, com quase um terço de todos os gastos fechados ao público.
O governo reconheceu que as necessidades do que Moscou chama de “operação militar especial na Ucrânia” e o apoio às forças armadas continuarão sendo a prioridade do orçamento, juntamente com as necessidades sociais e o desenvolvimento tecnológico.
O Kremlin apresentou o projeto de orçamento como “equilibrado”, com o déficit caindo para 0,5% em comparação com o déficit projetado para este ano de 1,7% e a dívida do Estado permanecendo abaixo da marca de 20% nos próximos três anos.
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin. Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada.
A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente. Em outubro deste ano, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora. As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.
O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.
A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato. O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente — e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.
Enquanto o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto. As informações são da CNN Brasil.