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Mundo Putin diz estar aberto ao diálogo, um dia após ataque russo na véspera de Natal matar 10 na Ucrânia

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Putin alegou que o Ocidente, liderado pelos EUA, quer separar a "Rússia histórica". (Foto: Sputnik/Russian Presidential Press Office/Kremlin)

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse neste domingo (25) que o país quer discutir saídas para a guerra, mas alegou que a Ucrânia e países do Ocidente não querem diálogo. A declaração foi feita um dia após um ataque russo deixar 10 mortos em uma área civil da cidade ucraniana de Kherson.

“Estamos prontos para negociar com todos os envolvidos sobre soluções aceitáveis, mas isso é com eles. Não somos nós que nos recusamos a negociar, são eles”, disse Putin ao canal estatal Rossiya 1.

Putin alegou que o Ocidente, liderado pelos Estados Unidos, quer separar a “Rússia histórica”, termo usado para argumentar que ucranianos e russos são apenas um povo. O discurso, no entanto, afeta a soberania de Kiev.

Ele disse que o bloco ocidental iniciou o conflito em 2014, ao derrubar o então presidente da Ucrânia com posição pró-Rússia, Viktor Yanukovich. Logo depois, a Rússia invadiu a Crimeia, região autônoma da Ucrânia.

“Acredito que estamos agindo na direção certa, estamos defendendo nossos interesses nacionais, os interesses dos nossos cidadãos, nosso povo. E não temos outra escolha a não ser proteger os nossos cidadãos”, afirmou Putin.

O líder russo disse que a “operação militar especial”, termo usado por ele para se referir à guerra, é um divisor de águas para o país contra o bloco ocidental. Questionado sobre o nível do conflito com o Ocidente, ele disse: “Não acho que seja tão perigoso”.

A Ucrânia e os países do Ocidente dizem que Putin não tem justificativa para o que classificam como uma guerra de ocupação de estilo imperial que semeou sofrimento e morte em toda o território ucraniano.

China e Taiwan

A China realizou neste domingo (25) um novo exercício militar no mar e no espaço aéreo próximo a Taiwan. Segundo o governo chinês, as ações foram realizadas em resposta a uma “provocação” dos governos taiwanês e americano.

Em um comunicado curto, o Comando Leste do exército chinês disse ter feito exercícios em torno de Taiwan, mas não especificou a localização, nem o que levou às novas movimentações próximos à ilha taiwanesa.

“É uma resposta decidida à atual escalada de conluio e provocação dos Estados Unidos e de Taiwan”, disse o governo chinês, sem detalhes. “As forças de comando tomarão todas as medidas necessárias para defender decididamente a soberania nacional e a integridade territorial”.

A nota não foi comentada pelo governo taiwanês, que tem criticado os repetidos exercícios militares chineses nos últimos anos. A China continental diz que Taiwan faz parte do seu território e pressiona a ilha a aceitar ficar sob sua soberania.

O Ministro da Defesa de Taiwan, Chiu Kuo-cheng, afirmou que as ações da China, “mais uma vez destacam sua mentalidade de resolver diferenças pela força e destruir a paz e a estabilidade regionais”.

O governo chinês tem feito mais exercícios militares desde agosto, quando a presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, visitou Taiwan. No sábado, Pequim criticou a aprovação de uma lei americana que pode aumentar a assistência militar para Taiwan.

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