Por Redação O Sul | 24 de março de 2024
O presidente russo, Vladimir Putin, disse no sábado (23) que os quatro homens que atacaram um concerto perto de Moscou se dirigiam para a Ucrânia quando foram detidos e que esperavam atravessar a fronteira.
Putin, dirigindo-se à nação, disse que algumas pessoas do lado ucraniano se prepararam para deixá-los atravessar a fronteira vindos da Rússia. A Ucrânia negou qualquer envolvimento no ataque.
“Eles tentaram se esconder e seguiram em direção à Ucrânia, onde, de acordo com dados preliminares, uma janela foi preparada para eles do lado ucraniano cruzarem a fronteira do estado”, disse Putin.
Putin classificou o inimigo como “terrorismo internacional” e disse que estava pronto para trabalhar com qualquer Estado que quisesse derrotá-lo.
“Todos os perpetradores, organizadores e aqueles que ordenaram este crime serão punidos de forma justa e inevitável. Quem quer que sejam, quem os está guiando”, disse Putin. “Iremos identificar e punir todos os que estão por trás dos terroristas, que prepararam esta atrocidade, este ataque contra a Rússia, contra o nosso povo”. Ele disse que 24 de março seria um dia de luto.
Subiu para 137 o número de mortos no atentado terrorista a uma casa de shows em Moscou, na Rússia, na sexta-feira (22), informou nesse domingo (24) o comitê de investigação do caso do governo russo.
O ataque, o pior dos últimos 20 anos na Rússia, foi reivindicado pelo Estado Islâmico – o grupo terrorista é inimigo da Rússia, que apoia o regime do ditador da Síria, Bashar Al-Asad. Foram as Forças de Al-Asad, financiadas por Moscou, que expulsaram totalmente o Estado Islâmico da Síria há quatro anos.
O comitê afirmou também que ainda havia dezenas de pessoas feridas internadas em hospitais na capital russa.
Já os suspeitos de terem cometido o atentado foram transferidos neste domingo para o quartel-general do comitê e para ser interrogados, afirmou o órgão. Os suspeitos são estrangeiros e tentavam fugir para a Ucrânia no momento em que foram pegos, segundo disse o presidente russo, Vladimir Putin.
Nesse domingo, centenas de pessoas se reuniram em frente à prefeitura de Crocus, onde fica a casa de shows, para depositar flores, velas e brinquedos em memória às vítimas da tragédia.
Amistoso cancelado
A Rússia cancelou a partida amistosa internacional que aconteceria nesta segunda-feira (25)contra o Paraguai, em Moscou, após o ataque a tiros ocorrido na sexta-feira perto da capital russa, informou a União Russa de Futebol.
Banida das competições da Fifa e da Uefa em fevereiro de 2022 após invadir a Ucrânia, a Rússia só pode disputar amistosos e derrotou a Sérvia por 4 a 0 na quinta-feira na Arena VTB de Moscou. O time enfrentaria o Paraguai no mesmo local na segunda-feira.
“Devido ao ataque terrorista ocorrido em Krasnogorsk, a União Russa de Futebol e a Associação Paraguaia de Futebol decidiram cancelar o amistoso entre as seleções da Rússia e do Paraguai”, afirmou a união de futebol da Rússia em comunicado.
Todos os eventos de entretenimento e de massa na Rússia foram cancelados na sexta-feira pelo Ministério da Cultura russo e, no sábado, a União Russa de Futebol havia anunciado o adiamento de todos os jogos de suas competições marcados para este último fim de semana. As informações são da agência de notícias Reuters.
