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Política Puxado pelo partido de Bolsonaro, cresce o número de policiais e pastores eleitos no País

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Número de candidatos militares ou ligados às forças policiais eleitos em todo o País foi o maior na série histórica desde 2012.

Foto: Reprodução
Número de candidatos militares ou ligados às forças policiais eleitos em todo o País foi o maior na série histórica desde 2012. (Foto: Reprodução)

Em uma eleição marcada pelo debate sobre a segurança pública nas principais cidades brasileiras, o número de candidatos militares ou ligados às forças policiais eleitos em todo o País foi o maior na série histórica desde 2012. De acordo com levantamento do Instituto Sou da Paz, elegeram-se 856 candidatos que declararam ter ocupação policial ou militar ou que usaram marcadores profissionais da área de segurança em seu nome de urna.

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aponta ainda crescimento no número de pastores eleitos, na comparação com a eleição de 2020. Em ambos os casos, o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro foi o partido que mais elegeu candidatos dessas duas categorias.

Também houve um avanço no número de médicos ou profissionais de saúde eleitos nacionalmente, quatro anos depois da eleição municipal realizada em plena pandemia, e em meio a evidências de que a polarização também chegou ao campo da saúde. Neste ano, foram eleitos 2.076 candidatos com alusões à medicina, superando o recorde de 2020, segundo dados. Um deles foi o prefeito de Macapá, Dr. Furlan (MDB), reeleito com a maior votação proporcional nas capitais do país: 85% dos votos.

Para a diretora-executiva do Instituto Sou da Paz, Carolina Ricardo, o PL e outros partidos que se colocam mais à direita do espectro político conseguiram captar para si a bandeira da segurança pública, valendo-se também de um “vazio de propostas” da esquerda.

“Historicamente, foi a direita que abraçou a pauta da segurança, embora não da melhor forma, com uma visão linha-dura, que muitas vezes incentiva a violência policial e adota uma lógica de menor foco em prevenção”, avalia.

A aproximação com a direita também predomina em nas candidaturas religiosas, compostas majoritariamente por pastoras ou pastores evangélicos. Levantamento mostra que o Republicanos, partido criado há duas décadas como um braço político da Igreja Universal do Reino de Deus e que sempre liderou a conversão de religiosos em políticos, viu neste ano o PL assumir a dianteira, com 38 nomes. O PSD, que foi a sigla que mais elegeu prefeitos no Brasil, vem em seguida no bloco religioso, com 37 eleitos.

Uma das eleitas no campo evangélico foi a pastora Sandra Alves (União-SP), décima vereadora mais votada da capital paulista. Ela foi também uma das campeãs de recursos do fundo eleitoral entre candidatos ao Legislativo no país: teve R$ 3,8 milhões do União Brasil para a sua campanha.

Na área de segurança, segundo o Sou da Paz, o PL elegeu 168 candidatos, com larga vantagem para PP, com 99, e Republicanos, que teve 96 eleitos. A lista do PL inclui egressos da Polícia Militar, como o prefeito reeleito de São Gonçalo (RJ), Capitão Nelson, e membros das Forças Armadas, como o general da reserva Joaquim Silva e Luna. Ex-presidente da Petrobras, Silva e Luna se elegeu prefeito de Foz do Iguaçu (SC), com apoio de Jair Bolsonaro.

Também há no PL vencedores com histórico na Polícia Civil, como os delegados Eduardo Boigues, reeleito em Itaquaquecetuba (SP), e Egidio Ferrari, eleito em Blumenau (SC). A lista ainda pode aumentar com nomes como o do deputado federal Delegado Eder Mauro, integrante da bancada bolsonarista no Congresso, e que disputará o segundo turno de Belém (PA).

O PT, partido do presidente Lula, por outro lado, elegeu 16 candidatos que com alusões às forças de segurança, dez vezes menos do que o PL.

“A pauta de segurança pressiona o governo e a esquerda. O campo da direita percebeu a força dessa pauta, que dialoga com o medo da população. E os candidatos ligados à polícia adotam um argumento de ‘só eu troquei tiro com bandido, então só eu posso falar'”, avalia Carolina Ricardo, do Sou da Paz. As informações são do portal de notícias O Globo.

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Recado das urnas: eleição expõe mal-estar no bolsonarismo
https://www.osul.com.br/puxado-pelo-partido-de-bolsonaro-cresce-o-numero-de-policiais-e-pastores-eleitos-no-pais/ Puxado pelo partido de Bolsonaro, cresce o número de policiais e pastores eleitos no País 2024-10-09
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