Por meio de exames de DNA, a Polícia Civil gaúcha confirmou que uma quadrilha de traficantes de Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, utilizava um veículo blindado artesanalmente. O automóvel, conhecido como “caveirão da morte”, servia para cometer assassinatos e queimas de arquivo – até 40 pessoas podem ter sido mortas no carro, segundo a polícia
O Honda Civic possui local para apoiar armamento e efetuar disparos, chapas de aço em seu interior e compartimentos para ocultar armas e entorpecentes. Ainda há furos no porta-malas que eram destinados ao escoamento de sangue das vítimas.
O veículo foi localizado em setembro, durante a megaoperação Clivium, deflagrada em 25 de junho em Porto Alegre, Gravataí, Cachoeirinha e Sapucaia do Sul. Na ocasião, 23 pessoas foram presas.
Durante a ação de apreensão do automóvel, foram encontradas drogas e armamento de uso restrito. Foi apreendido ainda equipamento que transforma uma pistola de 9 milímetros em uma metralhadora.
Chefia
A quadrilha, conforme a polícia, era chefiada por três irmãos de Gravataí. Eles já se encontram presos por crimes ligados ao tráfico de drogas, sequestro, uso de armamento restrito e homicídio. No veículo havia material genético de Luis Antônio Oliveira Alves, o Godzila, morto em abril, e de Paulo Diego da Silva Barbosa, o Boquinha, um desafeto da quadrilha, morto também neste ano.