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Quadro com divindades africanas voltará a ser exibido no Salão Nobre do Palácio do Planalto, diz Janja

Quadro "Orixás" é da pintora brasileira Djanira da Motta e Silva. (Foto: Divulgação)

Um quadro da pintora brasileira Djanira da Motta e Silva (1914-1979), que retrata três divindades africanas, voltará a ser exibido no Salão Nobre do Palácio do Planalto, informou a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, durante a posse da ministra da Cultura, Margareth Menezes.

A pintura “Orixás” foi retirada da sede do Poder Executivo durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com Janja, a pintura foi avariada. “Havia um furo feito de caneta na tela. Mas vai voltar ao local que pertence, o Palácio do Planalto. Vai estar em uma exposição agora em janeiro, mas vai voltar. Aliás, faremos todo o trabalho de recomposição do acervo, vamos tratar isso com muito carinho”, disse a primeira-dama.

O Salão Nobre, maior espaço do Palácio do Planalto, é usado para eventos de grande porte, como posses de ministros e recepções a chefes de Estado. Também é chamado de Salão dos Espelhos por ter uma parede completamente espelhada. Quase não tem mobília em toda a sua extensão.

A obra “Orixás”, dos anos 1960, foi colocada na reserva técnica do acervo (ou seja, no arquivo). A pintura será exibida na exposição “Brasil Futuro: As Formas da Democracia”, que entrará em cartaz no Museu Nacional da República, em Brasília.

Quando o quadro foi retirado do Palácio do Planalto, a Secretaria-Geral da Presidência negou que o motivo havia sido religioso. O órgão afirmou tratar-se de um “procedimento usual que visa o descanso e o rodízio das peças de arte como medida de conservação preventiva, conforme as boas práticas da museologia”.

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