Quinta-feira, 24 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 10 de novembro de 2015
A obra “Reclining Nude” (Nu Deitado), do italiano Amedeu Modigliani, foi leiloada nesta segunda-feira (9) na Casa Christie’s, em Nova York, por 170,4 milhões de dólares (cerca de 646 milhões de reais). O valor não apenas supera com folga o último recorde do artista, que era de 71 milhões de dólares, como faz da tela a segunda obra mais cara já leiloada. Ela só fica atrás de “As Mulheres de Alger”, de Picasso, arrematada por 179,36 milhões de dólares em maio de 2015, também em um leilão em Nova York.
A obra, que ultrapassou as expectativas da Christie’s de 100 milhões de dólares, é um dos últimos trabalhos da carreira tragicamente curta de Modigliani, o paradigma do pintor boêmio romântico em Paris. Essa pintura não foi o único de seus nus, mas é o mais desinibido pela postura da modelo, que mostra seu corpo deitado e com as pernas e braços abertos.
O recorde para o artista italiano aconteceu na primeira grande noite de leilões de Christie’s da temporada de outono no Hemisfério Norte, dedicada à “musa inspiradora” e que contou com 34 pinturas e esculturas de mestres como Paul Gauguin e Roy Lichtenstein, que também bateram seus próprios recordes.
A escultura “Thérese”, de Gauguin, foi arrematada por 30,9 milhões de dólares de preço final, enquanto a pintura “Nurse” (Enfermeira), de Liechtenstein, que era estimada em 80 milhões de dólares, conseguiu chegar aos 95,3 milhões de dólares, o valor máximo que já foi pago por uma obra do artista pop até o momento (56 milhões de dólares).
A famosa e colorida obra de Lichtenstein estava há décadas fora do mercado nas mãos de um colecionador privado.