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Por Redação O Sul | 27 de agosto de 2016
Os cientistas da Nasa (agência espacial americana) estão dando retoques finais em uma nave projetada para se encontrar com o asteroide Bennu, em 2018, para encontrar pistas sobre a origem da vida.
“Estamos a poucos dias de encapsular a carenagem do foguete e levar a nave até o veículo Atlas V para começar a jornada de ida e volta até Bennu”, revelou o principal pesquisador da missão, Dante Lauretta, no Centro Espacial Kennedy.
A missão de 1 bilhão de dólares, conhecida como Osiris-Rex, tem lançamento previsto para 8 de setembro, a partir da estação da Força Aérea dos Estados Unidos em Cabo Canaveral, na Flórida.
A nave espacial robótica movida a energia solar, construída pela Lockheed Martin, deve se encontrar com o asteroide Bennu daqui a dois anos para mapeamento e pesquisas. A sonda usará depois um braço robótico para coletar amostras e deve retornar somente em 2023.
Os cientistas estão interessados em estudar que minerais e produtos químicos o asteroide contém. Acredita-se que asteroides similares que colidiram com a Terra forneceram a matéria orgânica e a água necessárias à formação da vida.
“Esperamos encontrar materiais que datam de antes de nosso Sistema Solar”, disse Lauretta, acrescentando que as amostras físicas das missões Apollo à Lua nas décadas de 1960 e 1970 estão rendendo frutos científicos até os dias de hoje.
Saiba mais sobre o Bennu.
Os cientistas conhecem o asteroide 1999 RQ36, apelidado de Bennu, desde 1999 e temem que um dia ele possa se chocar contra a Terra.
O astro causa expectativa porque existe uma pequena chance – uma em 2,5 mil, segundo a Nasa – de que ele colida com o nosso planeta no século 22, por volta do ano 2135, quando sua aproximação com a Terra e a Lua pode alterar sua órbita.
Ele foi, inclusive, batizado com o nome de uma ave mitológica egípcia que tem associações com a morte.
Alguns cientistas dizem que o corpo celeste poderia trazer “sofrimento e morte” para a Terra; mas há quem diga também que, mesmo que ele chegue de fato por aqui, não vai destruir o planeta.
“A sonda Osiris-Rex talvez nos dê mais pistas sobre a rota do asteroide”, afirmou Lauretta.